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Alimentando Cristo
(Feeding Christ)


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Por David Wilkerson
13 de fevereiro de 2002
__________

Ao se dirigir Jesus para a Galiléia, chegou até ao poço de Jacó em Samaria. Cansado da viagem, parou ali para descansar, enquanto Seus discípulos foram comprar alimento. Nesse ínterim, uma mulher samaritana veio ao poço para tirar água. Jesus fez um simples pedido à ela: "Dá-me de beber" (João 4:7).

As palavras de Cristo à esta mulher deram início à uma longa conversa. Ela acabou falando demoradamente, e Jesus também. Durante a conversa, ela ficou admirada com as coisas que Ele lhe disse. Por final ela disse, "sei que há de vir o Messias, chamado Cristo: quando ele vier, nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo" (4:25-26).

Assim que Cristo revelou Sua identidade, os discípulos retornaram. Ficaram surpresos ao encontrar o mestre tão profundamente engajado em uma conversa com esta mulher samaritana. Ao sentarem para preparar a refeição, a mulher de olhos arregalados correu apressada para o povoado. Finalmente, quando o alimento estava pronto, disseram, "Mestre, come!" (4:31).

Jesus respondeu com esta declaração intrigante: "Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis" (4:32). Ele lhes dizia, em essência, "Eu já fui alimentado. Algo se passou enquanto não estavam aqui, e estou totalmente satisfeito. Vejam, há algo que vocês não perceberam a respeito de Mim. Meu alimento não é deste mundo".

Cristo explicou, "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (4:34). Bem, todos sabemos que o trabalho de Deus é semear e ceifar o evangelho, reunindo uma colheita de almas. Jesus diz no próximo versículo, "não dizeis vós, que ainda há quatro meses até a ceifa ... erguei os olhos, e vede os campos; pois já branqueiam para a ceifa" (4:35).

Em resumo, devemos estar envolvidos com o trabalho do reino de Deus, testemunhando, testificando e ganhando almas. Jesus realizou este trabalho com a mulher samaritana. A Bíblia diz que ela creu que Ele era o Messias, testificando, "Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura o Cristo?!" (4:29).

Ora, há um propósito por trás de todo nosso trabalho no reino. E este propósito vai além de uma grande colheita de almas. A vontade do Pai desde a criação - todo o Seu propósito antes do nascimento da humanidade - era criar um corpo de comunhão e companheirismo para seu Filho. E aqui, nesta cena no poço de Jacó, vemos a necessidade de Cristo por companheirismo sendo satisfeita.

Jesus disse aos discípulos, em essência, "Minha fome foi saciada por esta mulher. Eu só pedi um copo d´água. Mas ela me alimentou. Me trouxe um coração honesto e sedento. Quando Eu falava, ela escutava atentamente. Ela Me serviu, ouvindo cada palavra que Eu dizia. E guardou Minhas palavras, crendo e agindo de acordo com elas. Vocês precisam entender, este tipo de comunhão é alimento para Mim".



A Bíblia Fala da Necessidade de Comunhão do Filho com o Homem Desde o Princípio.


A escritura diz que Cristo foi gerado antes do mundo ser criado: "Seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas coisas, pelo qual também fez o universo” (Hebreus 1:2). "Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele nada do que foi feito se fez" (João 1:2-3).

Bem desde o início, vemos o Senhor procurar comunhão com o homem. Seu Espírito andava com Adão no Jardim do Éden, conversando ao cair do dia. Estes momentos íntimos eram alimento ao Senhor, agradáveis a Ele. Tal companheirismo era Seu plano desde o início. Mas quando Adão pecou, a comunhão foi quebrada.

Mais tarde em Gênesis, lemos de um homem chamado Enoque que foi tomado ao céu: "Andou Enoque com Deus: e já não era; porque Deus o tomou para si" (Gênesis 5:24). Enoque tinha tido comunhão com o Senhor por 365 anos. Todavia viveu só metade do ciclo de vida normal daquela época. Ao ponderar sobre isto, senti o Espírito de Deus perguntando: "Por que você acha que Eu trouxe Enoque para a glória tão cedo? Seus companheiros viveram em torno de setecentos e oitocentos anos. Por que Eu o tomaria na metade da vida?".

Eu não tive nenhuma resposta. O Espírito sussurou, "Comunhão é o Meu alimento, David. Minha Palavra diz que Enoque andava comigo. Isto significa que ele comungava comigo, Me servindo (alimento), aprendendo a conhecer a Minha voz. Escutava quando Eu abria o Meu coração para ele. Nosso companheirismo tornou-se tão íntimo, que quis tê-lo comigo aqui na eternidade, onde não há noite. Então o trouxe para o Meu lado, para comunhão interminável e ininterrupta".

O Senhor me fez a mesma pergunta sobre Moisés: "Por que chamei Meu servo amado, quando ele também estava no auge da vida?". Pode-se pensar, "é porque Moisés não deveria entrar na Terra Prometida." Mas o fato é que Israel não entrou em Canaan imediatamente. Moisés poderia ter vivido por mais tempo.

Ouço o Senhor dizendo, "Moisés manteve comunhão comigo como nenhum outro homem o fez. Por que você acha que ele voltou do monte com um brilho sobrenatural no rosto? A lei não poderia produzir aquele brilho. Era o efeito de estar em Minha presença, por quarenta dias e noites. Ele me alimentou quando estávamos face à face. Sim, Eu o instruí durante aquele tempo. Mas também tivemos doce companheirismo. Conversei com Moisés, e ele me ouviu. Mostrei como o Tabernáculo era uma ilustração de Mim, pleno de glória. Então, finalmente, quando tomei Moisés, era para tê-lo ao Meu lado, junto com Enoque". .

A seguir veio a pergunta, "E Elias? Por que você acha que enviei uma carruagem para tomá-lo? Este profeta inflamável poderia ter vivido muito mais anos como testemunha fiel a Mim. Eu tinha acabado de lhe dar uma visão sobre o que é o verdadeiro ministério. Mas, contráriamente, quis trazer Elias à Minha presença. Ele tinha orado diante de Mim como poucos homens o fizeram. E Eu o quis ao Meu lado, para um comunhão ininterrupta por toda a eternidade".

Agora havia três servos íntimos ao Senhor. Isto traz um significado mais amplo às palavras de Jesus: "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mateus 18:20). Em outras palavras: "Sempre que dois ou três de vocês estiverem juntos em comunhão, estou com vocês, conversando e comungando. E isso Me alimenta. Me delicia ser servido por vocês. Vocês ministram profundamente a Mim aguardando ouvir Minha voz; estão cumprindo o propósito inicial do Pai".

Agora quero levá-lo ao Monte da Transfiguração. Jesus conduziu três de Seus discípulos para lá, Pedro, Tiago e João. Repentinamente, diante de seus olhos, Cristo entrou no âmbito celestial: "Seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se branca como a luz" (17:2). Logo lemos, "E eis que apareceram Moisés e Elias, falando com ele" (17:3). A palavra grega para falando é "soon," que quer dizer união, comunhão. Moisés e Elias comungavam com Jesus, conversando de um lado para o outro.

Sobre o que era esta cena toda? Acredito que não teve nada a ver com o ministério de Jesus na terra. Nem tinha algo a ver com Seus discípulos. Após isso, Cristo instruiu-os, "A ninguém conteis a visão, até que o Filho de homem ressuscite dentre os mortos" (Mateus 17:9).

Não, acredito que Jesus, em Seu corpo glorificado, ansiava por uma última refeição. Ele sabia o que vinha adiante, e tinha fome daquele alimento "que vós não conheceis". Estava para encarar a cruz, pagar o preço que tinha concordado, redimir a humanidade do pecado. E agora queria um banquete com amigos íntimos, fortalecendo a alma para a provação que chegava. Em minha opinião, o encontro de Cristo com Moisés e Elias foi um presente do Pai. Deus quis dar um lembrete de Sua glória para o Filho, dizendo, "eis o alimento celestial que O espera".



Jesus Conta Uma Parábola em Lucas 17 Que Deve
Revolucionar Nossa Vida de Oração.


A seguinte parábola deve mudar a visão de todo cristão sobre comunhão:

"Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa? E que, antes, não lhe diga: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás? Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia ordenado? Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer" (Lucas 17:7-10).

Sabemos que o mestre nesta parábola é Jesus. E o servo aqui representa cada crente. Claramente, esta parábola é sobre alimentar a Cristo. E, evidentemente, nosso Senhor vê esse ato como o nosso mais alto chamamento.

Você pode opor-se dizendo: "Pensei que nosso mais alto chamado fosse trabalhar nos campos de colheita". Isso verdadeiramente é um alto chamado. Mas Jesus diz que não é o mais alto. A "soberana vocação de Deus em Cristo Jesus", à qual Paulo se refere, é alimentá-Lo. Todo serviço deve nascer da comunhão e da intimidade com Cristo. Eu não entendia isto até que me coloquei no lugar do servo.

De repente sou aquele no campo, arando e alimentando ovelhas. Quando o trabalho termina, estou cansado, suado e faminto. Trabalhei duro e de modo fiel, e agora necessito alimento. Então vou à sala de jantar do mestre para ser alimentado. Ao entrar, espero ouvi-lo dizer: "Por favor, sente-se. Você precisa descansar". Então fico perto da mesa, com cara de faminto, com os olhos pedindo: "Estou precisando disso". Mas o mestre não diz, "Sente-se e coma". Contrariamente, Ele ordena, "Põe seu avental. Estou pronto para comer - então sirva-Me primeiro. Aí, depois de servir-Me, você comerá e beberá".

Aqui está a prova clara de que somos chamados para alimentar a Cristo. À primeira vista, esta ordem parece áspera e exigente. Porém nada poderia estar mais longe da verdade. O piedoso profeta Elias deu uma ordem semelhante, quando foi alimentado pela viúva. Elias disse, "Faz-me um bolo primeiro. Depois você pode comer". O que realmente está sendo dito em ambas passagens é, "Põe o Reino do Deus em primeiro lugar. Então tudo mais lhe será dado".

Quando vejo o que Jesus realmente está dizendo aqui, o meu coração se derrete. Ele já tinha dito aos Seus discípulos, "tenho-vos chamado amigos” (João 15:15). E agora diz, em essência: "Vocês são Meus servos, mas lhes chamo de amigos. E há uma necessidade em Mim que só a sua amizade pode satisfazer. Vocês estiveram no campo todo o dia, trabalhando para Mim, e estão cansados e famintos. Mas, antes de lhes alimentar, necessito que vocês façam algo para Mim. Quero que vocês venham sentar-se à Minha mesa, e Me deixem falar a vocês. Há tantas coisas no Meu coração que quero lhes dizer. Anseio por esse momento todos os dias, quando posso ter comunhão com vocês. Vistam-se agora, e sirvam-Me".

Não devemos imaginar este servo como um garçon correndo freneticamente da cozinha até a mesa. Não, o servo que Cristo apresenta aqui é a imagem de um amigo, alguém que é convidado para simplesmente sentar-se e escutar. O mestre está lhe dizendo, "Tinha saudade de você. Agora, alimente-Me, deixando que Eu desabafe Meu coração com você. Deixe-me falar à sua vida. Quero mostrar-lhe coisas do futuro".

Então, veja que, alimentar a Cristo não é um relacionamento de mão única, partindo de nós toda a conversa. Ao contrário, alimentamos nosso mestre regozijando-nos ao ouvir Sua voz. Ministramos alimento a Ele quando escutamos pacientemente. O Senhor descreve isso a Ezequiel: "Os filhos de Zadoque, que cumpriram as prescrições do meu santuário. ..eles se chegarão a mim para me servirem. ..eles entrarão no meu santuário, e se chegarão à minha mesa, para me servirem" (Ezequiel 44:15-16). Os sacerdotes de Zadoque tiveram o mais alto chamado entre o povo de Deus. O que o Senhor pediu deles? Ele os queria ministrando a Ele em Sua mesa. Fazemos isso hoje quando atentamos ao Senhor para ouvir Sua voz.

Jesus fala da mesma espécie de intimidade de mesa: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo" (Apocalipse 3:20). Cristo diz, em essência, "estou aqui, desejando entrar para uma conversa de mesa com você. Quero alimentá-lo, e deixá-lo alimentar-Me a Mim".

Você pode pensar, "Mas Jesus usa palavras tão frias nesta parábola, tais como 'dever' e 'servo inútil.' Soa tão sem amor. Isso não combina com o caráter de Deus". Em realidade, a palavra grega para inútil aqui significa sem mérito. E a palavra para dever significa benefício. Em resumo, todo servo fiel deve admitir: "Não há nenhum mérito no que fiz. Fiz só aquilo que me beneficia".

Jesus diz, em outras palavras: "Não saia da Minha presença pensando, 'Meu mestre tem que ser agradecido a mim. Dei-lhe o meu melhor tempo hoje. Agora Ele está me devendo.' Você sabe que a Minha graça não pode ser merecida. É um presente, livremente dado a você. E Meus mandamentos não são penosos. Pelo contrário, eles lhe beneficiam. Então, sempre que você Me alimenta, não o considere como boa obra com mérito. Tais atos não acumulam crédito contra o pecado".

Esta questão de alimentar a Cristo deve nos fazer profundamente humildes. Nós honestamente devemos nos perguntar, "Por que Jesus me quer próximo a Ele? Por que pede que eu demore em Sua presença? Sou tão fraco na fé, tão inclinado a cair. Mesmo assim diz que, quando O sirvo e escuto Sua voz, O alimento. Diz que é alimento para Ele eu ter fome de ouvi-Lo. Como pode ser isto?". Possam tais pensamentos manter-nos sempre humildes diante do Senhor.



Essa Mensagem Nasceu de Uma Tremenda Experiência que Tive Enquanto Orava.


Quando oro, começo entrando na corte de Deus com louvor e ações de graças. Então gasto tempo adorando. Depois, tenho um tempo de petição, orando sobre os pedidos enviados ao nosso ministério. Eu também faço súplicas pelas viúvas, assim como pelos órfãos, desabrigados, pobres, idosos, doentes e aflitos. Finalmente, oro pela minha família, e pela direção deste ministério. Então sento-me calmamente, esperando o Senhor Jesus falar.

Recentemente, depois do meu tempo de oração, estava quase levantando para sair. Mas ouvi um sussuro, calmo e suave, "David, por favor não saia. Não Me deixe ainda. Tenho tanto mais para compartilhar com você. Há muito no Meu coração que desejo mostrá-lo, sobre as necessidades do mundo e a situação da Minha igreja. Você me alimenta escutando".

Em Lucas 24, encontramos uma cena tocante sobre o desejo de Cristo ser alimentado. Àquela altura, Jesus foi ressuscitado, tendo acabado Sua obra de redenção. Agora está em Seu corpo glorificado. É ainda um homem, tocado por sentimentos humanos, mas não é limitado por barreiras materiais. Pode aparecer ou desaparecer à vontade, e nenhuma porta ou parede pode pará-Lo.

Onde o Senhor foi primeiro? Tão logo depois de Sua ressurreição, algo mexia dentro do Seu ser glorificado. Tinha fome, queria aquele alimento “... que vós não conheceis" (João 4:32). Nós primeiro O vemos na estrada de Jerusalém para a cidade vizinha, Emaús. Repentinamente, apareceu a dois de Seus discípulos, que estavam abatidos por causa de Sua morte. A escritura diz, "Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e ia com eles. Os seus olhos porém estavam como que impedidos de o reconhecer" (Lucas 24:15-16).

Assim como fez com a mulher samaritana, Jesus puxou conversa com esses homens. Perguntou: "Sobre o que estão conversando? E por que estão tão tristes?". Eles ficaram perplexos, dizendo, "És o único porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias?" (24:18).

Será que Jesus estava brincando com o sofrimento destes homens? Não, absolutamente não. Aliás, fez justamente o oposto, trazendo para fora as profundezas dos seus corações. Permitiu-os expor seus sentimentos reprimidos, até ao ponto de verbalizar a incredulidade. E Ele trata dessa incredulidade: "E começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras" (24:27). Fala-se tanto de aulas no seminário! Estes homens receberam tudo: profecias sobre a vinda de Cristo, o significado de Sua morte, sepultamento e ressurreição.

Será que Jesus estava brincando com o sofrimento destes homens? Não, absolutamente não. Aliás, fez justamente o oposto, trazendo para fora as profundezas dos seus corações. Permitiu-os expor seus sentimentos reprimidos, até ao ponto de verbalizar a incredulidade. E Ele trata dessa incredulidade: "E começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras" (24:27). Fala-se tanto de aulas no seminário! Estes homens receberam tudo: profecias sobre a vinda de Cristo, o significado de Sua morte, sepultamento e ressurreição.

Naquela noite, os homens pararam numa estalagem para dormir. Àquele ponto, Jesus "fez menção de passar adiante" (24:28). Talvez o Senhor tenha dito, "Irmãos, vocês Me deram muito de seu tempo. E escutaram bem quando compartilhei Meu coração. Sem dúvida, estão cansados. Eu não os atrapalharei mais. Vou seguir e deixarei que descansem".

Isso podia ter sido o final da história. Aliás, para muitos crentes, é o fim. Estão satisfeitos com o único encontro que tiveram com Jesus há anos. Agora tudo que procuram é conhecimento bíblico. Eles não se preocupam em procurar intimidade com Ele. Testificam, "Sim, conheço Cristo. Tenho um conhecimento profundo sobre Ele". Mas não servem o Senhor, para alimentá-Lo. Eles não conhecem a Sua voz. E perdem a revelação pessoal de quem Ele é.

Mas os discípulos na estrada de Emaús não deixaram isso acontecer. Quando Jesus quis seguir adiante, "o constrangeram, dizendo: Fica conosco" (24:29). A palavra grega para constrangeram aqui significa forçaram. Para simplificar, eles não O deixaram ir. Lembre-se, eles ainda não tinham reconhecido o mestre. Mas seus corações queimavam com as palavras que Ele tinha lhes falado (veja 24:32). Agora insistiam, "Fica conosco".

Esta era a resposta que Jesus estava esperando. Tinha tanto mais para dizer a estes dois. E, depois, lemos umas das palavras mais doces em toda as Escrituras: "E entrou para ficar com eles" (24:29). Estes dois homens tinham alimentado Cristo ao escutar Seu coração. E agora Ele os levava à Sua mesa, onde os alimentou: "E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo partido, lhes deu; então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles" (24:30-31).

Graças a Deus, estes discípulos constrangeram Jesus a ficar. Senão, nunca teriam tido os olhos abertos para o Cristo vivo. Teriam retornado a Jerusalém com um depoimento de carta-morta: "Encontramos alguém no caminho de Emaús que nos ensinou profundamente a Palavra. Colocou fogo em nossos corações, e entendemos sobre Cristo como nunca antes". Os outros discípulos os teriam pressionado, perguntando, "Mas viram o Senhor? Vocês o tocaram? Descobriram onde Ele está? Vocês dizem que seus corações pegaram fogo. Mas, digam, Jesus está vivo?". Tristemente, eles não teriam sido capazes de responder.

Em vez disto, estes homens fiéis voltaram correndo para seus irmãos em Jerusalém, capacitados para dar este depoimento vibrante: "O Senhor apareceu para nós! Conversamos com Ele e comemos com Ele. É verdade, nós O vimos vivo. E Ele nos alimentou da Palavra de Deus com Sua própria boca. Sim, Ele está vivo e ótimo" (veja 24:33-35). Então, naquele mesmo momento, Jesus apareceu no meio deles.



Tragicamente, Muitos Cristãos Não Permanecem Para Receber a Revelação Plena de Cristo.

Nem todos irão gastar tempo para servir (o alimento) ao Senhor. A maioria se satisfaz indo à igreja, ouvindo a pregação da Palavra, e crescendo só no conhecimento de Jesus. Às vezes, os seus corações podem queimar dentro deles ao ouvirem a Palavra de Deus. Mas eles não querem pagar o preço para ter intimidade com Cristo.

E Pedro nos diz, "Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 3:18). Foi justamente isso que estes dois discípulos experimentaram na estrada de Emaús. Eles cresceram no conhecimento do Senhor, pelas Escrituras. Mas isso era só o fundamento; não era o trabalho acabado. Paulo sabia disso, e escreveu, "Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Efésios 4:15 - a ênfase é minha).

Eis a questão, simples e clara: Jesus Cristo quer ser o tesouro mais importante de sua vida. Ele quer significar para você mais do que o seu trabalho, sua carreira, e até mesmo sua família. E quer tornar-se mais e mais precioso a você, com o passar dos dias.

Então, quão precioso é Jesus para você? Você pode declarar, "Ele é o de mais precioso em minha vida. Cristo é tudo para mim". Se isso for verdadeiro, você não ficará satisfeito com simples conhecimento intelectual sobre Ele. Ansiará ouvi-Lo falar a você. E seu desejo de servir (alimento) a Ele crescerá. Ouvir Sua voz mansa e suave será sua maior alegria. E você não deixará nada lhe impedir de dar a Ele o seu tempo. De fato, quanto mais tempo você gastar servindo-O, menos preocupado estará com as dificuldades desta vida.

Já fez aquele passeio com Cristo a Emaús? Já foi bem ensinado na Sua Palavra, com seu coração regozijando-se na verdade? Mais importante, você já se deliciou em servi-Lo e alimentá-Lo? Fique atento: há o perigo de se afastar de sua comunhão com Ele. Paulo fala sobre uma “apostasia" na igreja (2 Tessalonicenses 2:3). A palavra em grego aqui indica uma defecção ou divórcio. Em resumo, muitos deixarão o Senhor, abandonando o amor por Ele e divorciando-se de Seu companheirismo.

Contudo, quero lhe dar uma palavra de esperança. Aprendi algo que torna o Senhor ainda mais precioso para mim. Acredito que esta chave aumenta minha revelação sobre Ele, e pode me afastar da queda nos dias adiante. O que é esta chave? É algo que eu adicionei a meu tempo de oração. Deixe-me explicar.

Oro como de costume, da maneira que descrevi anteriormente. Porém, depois que acabo meu tempo de prece, permaneço no meu refúgio secreto de oração. Agora curvo-me diante do Senhor e digo, "Jesus, estou aqui só para Ti. Não trago nenhum pedido. Este é o Teu tempo, e somente Teu. Estou aqui para escutar o Teu coração". Simplesmente permaneço em Sua presença, amando-O, servindo-O. Sei que Ele virá a mim e comunicará Sua mente.

Na verdade, Ele falou isto ao meu coração: "Agora sei que você Me tornou o tesouro de sua vida, David. Sei que para você sou mais precioso do que a sua família, seu ministério e seu trabalho. Você Me quer mais do que qualquer outra coisa. E isso é alimento para Mim. Quero que continue vindo a Mim dessa maneira, e deixe abrir Meu coração a você. Se fizer isso, sempre estarei aqui para falar a você".

Então o Senhor deu-me uma última palavra, à Sua Igreja. Digo a você agora, com toda sinceridade: Jesus pede que O alimente, dando-Lhe o melhor tempo de seu dia, diariamente. Eu não me refiro ao tempo que você gasta lendo a Bíblia, e ora pelas necessidades. Isso deve ser feito no seu devido tempo.

Mas quando você acaba o trabalho do dia, venha á mesa do Mestre, para servi-Lo. Ele lhe pede simplesmente que espere em Sua presença até que você ouça Sua voz. Ele quer tempo para desvendar Seu coração para você. Então, faça do horário de servir a Ele um tempo sem limites. Sempre que você O serve, Ele promete falar a você.

Que privilégio, alimentar nosso precioso Senhor e Salvador.

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