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Ultimamente Você Teve Vontade De Desistir ?
(Have You Felt Like Giving Up Lately?)


Arquivo do Texto Simples + Índice dos Sermões em Português + Capela + Subscrição + Copyright

Por David Wilkerson
17 de junho de 1996
__________

Seria possível cristãos retos, piedosos, cheios do Espírito se tornarem tão desanimados e abatidos, a ponto de pensar em não prosseguir - chegarem a ponto de desistir?

Pense um pouco nisto. Agora estou falando de crentes que estão próximos de Jesus - que conhecem o Seu coração e a Sua mente, que batalharam em oração, que experimentaram os Seus milagres, que presenciaram vitória sobre vitória em suas vidas. São pessoas dedicadas à obra do Senhor. Apresentam-se diariamente como sacrifícios vivos.

Então, diga-me: seria possível para tais cristãos serem pressionados e conturbados, se encontrar em tamanho desespero e desalento, que se convençam de que não conseguirão um bom resultado?

Definitivamente -- sim!


Pense no Santificado Jó --
um Homem que o Próprio Deus
Chamava de “Íntegro e Reto” !


As escrituras dizem que Jó era, “...homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1:1). Este homem temia só a Deus. Ele esquivava-se do mal e fugia de qualquer condescendência com o erro.

Mas agora Jó enfrentava a maior crise de sua vida: ele havia perdido toda a família, todas as suas propriedades, tudo. E o seu corpo estava coberto de furúnculos da cabeça aos pés. Havia chegado a um ponto em que não tinha mais sofrimento para receber. E clamou:

“Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim cravadas, e o meu espírito sorve o veneno delas; os terrores de Deus se arregimentam contra mim...Quem dera que se cumprisse o meu pedido, e que Deus me concedesse o que anelo! Que fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse a sua mão e acabasse comigo!” (Jó 6:4, 8-9).

Jó estava pedindo: “Tenho só um pedido: morrer! Chega, Deus. Elimine-me!”

Isto soa como palavras de um homem totalmente justo? Contudo, as escrituras testificam que Jó não tinha nenhum pecado conhecido na vida. Ele se apresentava tão perfeito quanto um homem poderia estar diante de Deus. E mesmo assim Deus permitiu que ele enfrentasse tanto desespero que a sua vida se tornou insustentável:

“...noites de aflição me proporcionaram. Ao deitar-me, digo: quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me revolver na cama, até à alva” (7: 3-4).

Finalmente, em total desespero, Jó clamou:

“...a minha alma escolheria, antes, ser estrangulada; antes, a morte do que esta tortura. Estou farto da minha vida; não quero viver para sempre. Deixa-me, pois, porque os meus dias são um sopro...Por que fizeste...a mim mesmo...pesado?” (versos 15-16, 20).

Jó estava angustiado porque os seus problemas eram insolúveis! Ele não conseguia arranjar uma saída. Encontrava-se naquele ponto onde se esvai toda a sabedoria.

Nesta ocasião, três amigos de Jó chegaram - assim chamados “confortadores” - e tentaram descobrir o porquê de Jó estar sofrendo. Não conseguiam compreender por que Deus podia permitir que um homem justo pudesse se tornar tão aflito mental, espiritual e fisicamente como Jó estava.

Amado, este é o dilema perene na igreja - e também aos olhos do mundo: parece que quando se oferece a vida para o Senhor, só se recebe sofrimento de volta! Ninguém, dentro ou fora da igreja, consegue entender como que um Deus de amor pode permitir que aqueles que entregam a Ele todo o seu ser, tenham tantas dificuldades e desespero.

Então, os amigos de Jó ficaram pregando para ele: “Deus não aflige os justos. Você deve estar em pecado!”

“Se lançares para longe a iniquidade da tua mão e não permitires habitar na tua tenda a injustiça” (Jó 11:14).

Pergunto a você: como iria sentir-se caso ouvisse estas palavras de amigos íntimos, no momento em que estivesse fazendo o possível para entender seu sofrimento? Estes homens, supostamente de Deus, falavam para Jó: “Você deve possuir pecado escondido na vida. Acabe com ele -- confesse! Só assim os seus problemas vão acabar.”

Mas Deus estava zangado com Jó? De jeito nenhum! As Escrituras deixam claro que não havia problema com Jó. E Jó sabia disso. Ele disse para Deus:

“...Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo...Bem sabes tu que eu não sou culpado...A minha alma tem tédio à minha vida...” (Jó: 10: 2,7,1).

Vou registrar uma lista de várias outras queixas de Jó diante de Deus. Ao lê-las, se pergunte já teve pensamentos deste tipo:

Em seu andar com Jesus, você já chegou à uma situação assim?


Pense no Santificado Jeremias
-- o Profeta das Lamentações !


Jeremias possuía o fogo de Deus ardendo nas veias. Este homem santo andava com Deus e era destemido diante dos homens. Tinha ouvidos sintonizados com o céu - conexão direta com o trono de Deus - e falava à sua geração como voz do Senhor. Ninguém podia enfrentar o seu poder e a sua autoridade. Ele abalava profundamente os seus ouvintes!

Mesmo assim, Jeremias também chegou a um ponto de desespero total. O Senhor permitiu que ele experimentasse um desalento do tipo que poucos conseguiram sequer chegar perto. E Jeremias esteve prestes a desistir!

O profeta estava convencido de haver caído em algum tipo de engano. Satanás havia cochichado que ele estava sendo rejeitado e zombado por haver sido trapaceado por Deus:

“Iludiste-me, ó Senhor, e iludido fiquei...sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim” (Jeremias 20:7).

Veja estas palavras de Jeremias - o homem de Deus que bradava profecias à nação:

“Maldito o dia em que nasci!...Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho!, alegrando-o com isso grandemente. Seja esse homem como as cidades que o Senhor, sem ter compaixão, destruiu...Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente? Por que saí do ventre materno tão somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?” (Jeremias 20: 14-18).

Isto soa como palavras de um destemido profeta de Deus? Jeremias estava tão arrasado pelos problemas e pelas aflições, que desejava ter morrido no ventre da mãe!

O seu brado soa como o de Jó, que disse:

“Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo...Eles se regozijariam por um túmulo e exultariam se achassem a sepultura” (Jó 3: 20,22).

Jó estava dizendo: “Deus, por que destes-me toda esta luz, só para apagá-la de repente? A única coisa que quero é me deitar e morrer - sair desta luta que enfrento!”


Foi Assim Com o Piedoso
Profeta Elias !


Elias conhecia as obras sobrenaturais de Deus em primeira mão. Trouxe de volta à vida uma criança morta. E agora, ele estava diante de Acabe e orava para que o próprio céu se fechasse. Disse para Acabe: “Ajoelhei-me diante de um Deus santo. E lhe digo o seguinte: não vai chover de novo, até que eu o diga!”

Isto é poder -- Elias primeiro fechou os céus, e depois os abriu de novo! Ao orar mais tarde, a chuva novamente veio sobre a terra. Mas não é só isso: Elias então foi mais rápido que a carruagem de Acabe - e nesta época Elias estava na casa dos oitenta anos de idade! Ele despejou doze barris de água sobre o altar, e fez cair fogo do céu para a consumir. Que visão impressionante deve ter sido!

O maior desejo de Elias era ver reavivamento em Israel. Por anos se entristecera pela corrupção do povo de Deus - e acreditava que agora as suas preces estavam sendo atendidas. Ele achava estar testemunhando o início de uma grande reforma em Israel.

Mas Jezebel rapidamente se intrometeu e esmagou o reavivamento. Ainda mais, ela ameaçou matar Elias. De repente, este homem antes destemido estava em fuga para salvar a vida! Ele acabou em um local desolado no deserto, onde se assentou sob uma árvore de zimbro,

“...e pediu para si a morte...” (I Reis 19:4).

Elias tinha dado a sua vida literalmente em prol do reavivamento, tanto em oração como em ação. E agora ele achava que era um fracasso total! Entrou em depressão, chorando:

“...Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (mesmo versículo).

Se você ler as entrelinhas desta passagem, poderá ouvir Elias dizendo: “Senhor, eu dei tudo de mim -- dei a minha vida. Eu não tinha um horário para mim mesmo. Só queria Lhe agradar. E agora tudo explodiu na minha cara!”

Este pobre e desanimado profeta se fechou em si mesmo inteiramente por quarenta dias e noites. Isto significou quarenta noites de desespero - de insônia, esperando amanhecer, tentando desesperadamente entender as coisas. Deve ter sido um longo pesadelo de derrota, de rejeição, de desesperança.

Durante este tempo, Elias perdeu a lembrança de todos os milagres que Deus havia realizado para ele. Algo simplesmente se abatera sobre ele - uma melancolia e um desalento que fizeram afundar sua alma. Agora, nem mesmo a consciência das bênçãos passadas conseguia lhe confortar.

A gente pode pensar: “É claro que alguém que tenha visto tantos milagres não teria dúvidas ou depressão. Ele só ia precisar se lembrar das grandes maravilhas que Deus havia feito. Isto iria afugentar todos os seus medos”. Não é assim! Chega uma hora quando nenhum milagre ou bênção do passado pode lhe ajudar no sofrimento do momento!

Já dei aconselhamento para muitos cristãos; ministros, evangelistas, ganhadores de almas que haviam sido poderosamente usados por Deus - que experimentaram um abismo de abatimento tão grande. Estas pessoas haviam sido poderosas no ministério, pregando gloriosas revelações de Deus. Mas subitamente se deprimiram. Os problemas se acumularam sobre eles. Foram caluniados e rejeitados. E acabaram achando que haviam gasto suas vidas em vão. Diziam-me: “Não adianta continuar. Não sinto que tenha feito algo pelo Senhor. Sou um fracassado!”

Eu ficava estarrecido de que um cristão pudesse ficar tão derrotista. Respondia para eles quase indignado: “Sem essa! Você já se esqueceu de todos os milagres que Deus fez por você? Ele não lhe abandonou. Conte quantas bênçãos!”

Teologicamente, eu podia estar certo. Mas muitas vezes esta teologia simplesmente não funciona. Com certeza não funcionou para Elias. Este santo homem acabou se escondendo em uma caverna - construindo o seu lar em um local inteiramente negro de desespero!

Alguma vez você já se pôs em isolamento por um tempo, como Elias? Alguma vez você já se enfiou em um esconderijo - tão machucado, tão para baixo, que não queria ver ou falar com ninguém? A sua caverna pode ser de silêncio - afastamento das pessoas e das responsabilidades.

Ou, talvez neste instante você ainda não esteja convencido de que um cristão possa experimentar um desespero deste tipo. Pode dizer: “Todos estes exemplos são do Velho Testamento. Mas vivemos nos dias da graça. Certamente que um crente cheio do Espírito não pode viver em temor. Não pode haver depressão dentro da casa de Deus!”


Isto é Meramente Uma Experiência
do Velho Testamento ?


Eu lhe pergunto: os santos do Novo Testamento que estão cheios do Espírito de Deus podem enfrentar períodos de desespero profundo? - pessoas que gastam tempo de joelhos, que dão as suas vidas em serviço para o Senhor, que não andam em pecado mas são totalmente dedicados a Jesus?

Paulo, o apóstolo, é rápido para responder isto. Ele certamente era um santo do Novo Testamento - um homem piedoso, de grande valor, que havia aberto mão de todo o mundo para poder ganhar a Cristo. Cada respiração sua era em favor da causa do Mestre.

Este homem teve uma revelação de Cristo como nenhuma outra pessoa na terra. Jesus revelou-Se não apenas para Paulo, mas nele. E o Espírito levou Paulo para o céu e lhe mostrou glórias indizíveis. Em verdade, a Paulo foi dada a essência do mistério do evangelho. Suas epístolas têm instruído o povo de Deus ao longo dos séculos.

Mas a Bíblia diz que quando Paulo foi para a Ásia pregar o evangelho, só recebeu problemas:

“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia...” (2 Cor. 1:8).

Deus estava usando Paulo poderosamente em toda Ásia, especialmente em Éfeso. Um grande reavivamento havia vindo sobre a cidade e durou dois anos:

“Assim, a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (Atos 19:20).

Neste período o Senhor havia operado grandes milagres: demônios foram expulsos. Os coxos e os doentes foram curados. E Paulo estava no centro de tudo isto! Ele ungia lenços e aventais, que colocados sobre as pessoas traziam cura e libertação imediatas:

“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam” (Atos 19: 11-12).

Os milagres eram tão grandes e a obra de convencimento tão forte, que os convertidos efésios juntaram todos os seus livros de ocultismo e artes mágicas - valendo 50.000 peças de prata - e promoveram uma grande fogueira na praça da cidade. Isto, porém, só enfureceu as forças satânicas em Éfeso!

Veja, a deusa Diana era venerada nesta cidade. Porém agora os cidadãos não estavam mais comprando ídolos de Diana para adorar. Isto agitou um grupo de ourives, que ganhavam a vida vendendo as estátuas que esculpiam. Os homens se levantaram contra Paulo - exasperando as massas contra ele!

De repente, no meio deste grande reavivamento, um tumulto enorme irrompeu. As pessoas arrastaram Paulo para um teatro, e o apóstolo teve de se defender diante de uma turba enraivecida. Mais tarde, ele saiu de Éfeso ouvindo os escárnios e as zombarias dos ímpios.

Você entende como foi? Paulo havia dado dois anos da sua vida para este reavivamento. Ele havia visto um poderoso mover de Deus. Mas aí a agitação alcançou a sua vida tão intensamente que ele disse:

“...fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos” (2 Cor. 1:8).

Em outras palavras: “Pensei: ‘Acabou -- não vou conseguir. Não vou sair vivo daqui. A sentença de morte chegou!’”

Acho que sei um pouquinho do que Paulo enfrentou. Anos atrás, eu estava em uma grande reunião com a irmã Kathryn Kuhlman em Los Angeles. Mais de 5.000 pessoas enchiam o lugar, em pé. Nesta época, a minha esposa estava enfrentando uma luta contra o câncer. E eu carregava a responsabilidade pelo Desafio Jovem. Havia estado viajando e escrevendo, e tinha ficado esgotado e cansado . É claro, é sempre aí que o inimigo ataca - quando você está fisicamente frágil, sem forças.

Eu estava sentado no palco, esperando para pregar, enquanto a irmã Kuhlman dirigia a adoração. O lugar estava pleno do Espírito de Deus, e coisas maravilhosas estavam acontecendo. Mesmo assim, subitamente, o inimigo entrou e cochichou em meu coração:

“Você é a pessoa mais falsa na face da terra! Você trabalha com pessoas problemáticas só para fazer nome. E agora a sua mulher vai morrer. Você diz que deu sua vida pelo ministério do Senhor -- mas é tudo vaidade! Você não tem o fogo de Deus. Perdeu a unção. Hoje você não pode pregar porque todas as suas palavras vão ser fingidas!”

A voz era tão alta que não consegui calá-la. Fiquei tentando me livrar dela, mas ao subir no púlpito ela ainda estava berrando na minha orelha. Ao abrir a boca para pregar, quase não saiu nada. Tentei falar por cinco minutos - mas não consegui. Finalmente, acenei para que a irmã Kuhlman assumisse o culto, e eu me virei e saí do palco.

Lá atrás um pastor me perguntou: “David, o que houve? O que aconteceu?” Só pude abanar a cabeça. “Sinto muito”, disse. “Não posso continuar. Não vou poder pregar hoje. Sou um falso!”

Como Jeremias, levou semanas para eu sair da confusão e da angústia no coração. Finalmente, Deus me tirou delas. Mas descobri que estas aflições não podem ser explicadas fisicamente. Para resumir, o inimigo veio como um dilúvio, com todos os poderes do inferno dispostos contra mim. Em poucos instantes, me vi em um abismo -- e incapaz de explicar isto!

Não sabemos com exatidão do que Paulo falava quando disse:

“...a tribulação que nos sobreveio na Ásia...” (mesmo versículo).

Alguns estudiosos crêem que ele estava enfrentando uma grande batalha física -- que estava enfermo a ponto de morrer. Porém eu não acredito que os problemas de Paulo fossem físicos. Não acho que estivesse falando de naufrágios, apedrejamentos ou espancamentos. Antes, creio que Paulo falava da angústia mental - um conflito espiritual, profundo, que o deixara prostrado!

Você pode perguntar: “Como pôde acontecer isto? Um crente piedoso, vencedor, não pode nunca ficar com medo e nem ser alimentado pela carne”. Contudo eu, quanto a mim, me alegro de que Paulo tenha falado com tanta sinceridade a respeito de seus sentimentos! Do contrário, eu poderia achar que as minhas próprias experiências com o desespero sejam incomuns, únicas - e que não sejam compartilhadas por outros que amem a Jesus.

O fato, é que muitos homens e mulheres de Deus em toda a história testificaram que Satanás os atacou desta maneira. Ele chega trazendo mentiras, desencorajamento, desesperança. Um dia a pessoa pode estar alegre, segura da sua salvação. Mas no outro, um inexplicável sentimento de demérito vem sobre ela. O desalento se instala. Ela sente-se não merecedora, ímpia, não aceitável por Deus.

Isto não se trata só de uma doença física ou de uma sensação de rejeição. Antes, trata-se de uma inexplicável angústia mental - algo que pode vir sobre você a qualquer momento. Não sei exatamente como chamá-la. Mas as mulheres, em particular são atormentadas por isso - e os “especialistas” a rotularam com todos os tipos de nomes. Um dia, as coisas simplesmente começam a se acumular em sua mente. Você não tem explicação para isto. E ninguém pode chegar até você. De repente você não quer conversar com ninguém. Só quer se esconder.

Seja o que for que tenha acontecido com Paulo na Ásia isto o acabrunhou profundamente. Ele ficou tão arrasado que toda a sua energia se foi. Ele escreveu:

“...em nós mesmos, tivemos a sentença de morte...” (2 Cor. 1:9).

Em outras palavras: “Não via nenhuma saída. Não era humanamente possível superar a situação!”

A gente pode imaginar: “Como as coisas chegaram a um ponto tão grave para este grande homem de Deus? Paulo queria realmente que a sua vida terminasse?”

O fato é que Paulo havia tomado para si o zelo de supervisionar todas as igrejas que havia iniciado. Ele amava aqueles novos crentes de todo o seu coração. Ele sofria com os seus pecados e com as suas concessões ao erro. E os corrigia com grande angústia.

Isto em si era um tremendo fardo para qualquer homem ou mulher de Deus carregar. Em verdade, Paulo escreve:

“Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida” (2 Corint. 2:4).

A angústia de Paulo por ter de constantemente corrigir e orientar o seu rebanho o afligia e tornava fraco. Era como dar à luz a um filho: requeria um gasto elevado de seu corpo físico!

Paulo então escreve:

“Porque, chegando nós à Macedônia, nenhum alívio tivemos; pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro” (7:5).

Pode-se dizer: “Quer dizer que Paulo, o grande apóstolo, teve medo? Este não é o mesmo homem que falou tanto da vitória sobre o medo? Será que é Paulo mesmo falando?”

Sim -- com certeza! Entenda: este é um desígnio de Satanás - plantar o medo em nós. Ele quer que percamos a confiança de que Deus responde às orações - que pensemos que toda a nossa intercessão, todo o nosso jejum e a busca por Ele foram em vão!

Veja o que Paulo acrescenta ao versículo que ele escreveu sobre sentir “a sentença de morte”: “para que não confiemos em nós e sim no Deus que ressuscita os mortos” (1:9).

Tudo se tratava de fé!

Creio firmemente que Deus permite que o Seu povo - especialmente os ministros do evangelho - enfrente muitas dificuldades para que a sua fé possa ser edificada a partir disto. Então, ao compartilharem ou ao pregar, eles não falam mais de teologia - mas do experimento pessoal do poder livrador de Deus. É por isto que Paulo podia dizer, “Não quero que vocês ignorem como o diabo tentou me oprimir na Ásia. Quero lhes compartilhar como Deus me livrou disto - para que vocês também possam ser curados e libertos!”

Há poucos anos, Satanás tentou aplicar o truque do “falso” em mim - mas não teve sucesso! Cada vez eu o repreendi, dizendo, “Diabo, da última vez você quebrou o disco. Nunca mais vou tocá-lo de novo. E você nunca vai me convencer de que sou falso!”


Eu Creio Estar Falando a
Um Número de Pessoas Piedosas
Que Amam a Jesus de Todo o Seu Coração
-- e Que Chegaram a Um Ponto de Desespero Profundo !


Talvez como Paulo, você esteja sendo pressionado além do normal - sendo testado além do que é possível suportar. A sua força quase acabou, e você está prestes a desistir. Você não vê nenhuma saída. Você quer fugir, mas não há aonde ir. Então você fala como Paulo: “Está acima da minha força!”

Então -- como sair desta? Qual o caminho para a vitória? Tudo o que eu posso lhe dizer é como Deus continua a me livrar. Aqui estão quatro verdades importantes que Ele me deu:

1. Não pense que você está enfrentando uma batalha singular, única. Pelo contrário -- você está em boa companhia! Lembre-se de Jó, Jeremias, Elias, Davi, Paulo -- até de mim. O que você está experimentando é comum aos crentes em todos os séculos.

“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós destinado a provar-vos, como se alguma cousa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (I Pedro 4:12-13).

2. Quando você achar que não vai agüentar mais nem um minuto - quando parece não haver nenhuma esperança - invoque a Deus com tudo que há em você: “Senhor. me ajude!” Leve em consideração o conselho do salmista:

Aqui está um versículo chave:

“Porque ele acode ao necessitado que clama e também ao aflito e ao desvalido” (72:12).

Jesus enviou o Espírito Santo para ser seu ajudador. E Ele não fechará os ouvidos ao seu grito por socorro!

3. Mergulhe na palavra de Deus, apodere-se da promessa especial que é sua, leve-a ao quarto de oração em secreto e prenda-a a Deus. Aqui estão três das minhas promessas favoritas da Bíblia. Eu as prendo a Deus toda vez que suplico a Ele:

Leve esta promessa a Deus todos os dias dizendo: “Pai, dissestes que farias bem acima do que tudo que peço. Hoje estou Te pedindo uma overdose de resposta à minha oração.” Deus Se agrada de uma fé destas!

4. Confie no Espírito Santo, que habita em você. O Pai enviou o Seu Espírito para morar em seu coração. Mas é preciso reconhecer o Espírito Santo dentro de você! É preciso crer que quando você O invoca, o Espírito Santo que reside em você responderá. Deus não precisa enviar um anjo para lhe falar; Ele já colocou os Seus recursos dentro de você - o próprio Espírito Santo!

Este é o segredo, puro e simples: ao enfrentar esse momento atual de sofrimentos e desorientação, ponha tudo na dependência do Espírito Santo. Diga-Lhe: “Santo Espírito: Tu conheces a saída para esta situação. Eu não. Está totalmente além da minha capacidade. Então, estou abdicando neste instante. E cedo o controle da minha vida para Ti.”

“Sei que o que estou enfrentando não é incomum para os crentes. E vou invocar o Senhor por socorro. Vou ligá-Lo às Suas grandes e preciosas promessas. E vou confiar em Ti, Espírito, para fazer o resto. Tu conheces a intimidade da mente de Deus!”

Prezado santo, se você fizer esta confissão simples, conhecerá refrigérios do Senhor. Mesmo quando você está prestes a desistir, Ele permanece fiel para lhe livrar.

Aleluia!

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