David Wilkerson diz:Este bem pode ser um dos livros mais importantes que você lerá. Ele pode dar uma virada em sua vida nas próximas horas, que é o tempo que levará para lê-lo.
Este livro foi escrito para um grupo seleto. É para aqueles que estão buscando real paz de espírito, e libertação de um mal que controle suas vidas. Até o pessoal do agito tem de enfrentar a solidão do íntimo depois que a música cessa. Os machões choram a sós. Na hora que os bares e as danceterias fecham, a tristeza bate. E, para milhões, os domingos são realmente de arrasar. Em alguma hora desta marcha, a verdade sobre nós mesmos terá de ser enfrentada.
Às vezes somos atores de dar dó, usando falsas máscaras, e representando falsos papéis . Contudo, em algum lugar no mais íntimo do nosso ser, há um permanente desejo de conhecer e de agradar a Deus.
Este livro não tem absolutamente nada a dizer aos pecadores orgulhosos e arrogantes que se recusam a enfrentar a verdade sobre suas fraquezas. Foi escrito para aqueles que buscam desesperadamente a vitória sobre si próprios, e que honestamente admitem que precisam de ajuda.
Iniciei este livro num esforço para levar pessoas, que tenham problemas que estejam controlando suas vidas, à uma vida liberta do poder do pecado. Mas logo descobri que é mais do que isso. É uma busca pessoal de vitória total em minha própria vida. Mesmo sendo um ministro, sofro como todo mundo. Necessito de poder sobre o pecado, tanto quanto qualquer outro pecador sobre a terra.Minha busca de poder sobre o pecado me levou a uma jornada de dez anos por bibliotecas, artigos, conferências com estudiosos bíblicos e a um estudo completo da Bíblia - especialmente no livro de Romanos. Aprendi bastante sobre a condição humana da fraqueza e a sempre presente luta contra o pecado - mas pouco sobre a cura.
O que aprendi sobre libertação do poder do pecado veio através do meu próprio desespero para me livrar da escravidão ao mal.
Você não experimentará o poder convincente deste livrinho, enquanto não o ler por inteiro. O que ler poderá, no começo, lhe deixar com raiva; mas não o ponha de lado enquanto a mensagem por inteiro não tiver sido digerida. Você vai descobrir que a verdade pode lhe libertar.
Só peço que o leia inteiro, com a mente aberta.
[assinado] David Wilkerson
Sou
uma pessoa estranha, com duas mentes opostas em um corpo. Duas forças distintas
em mim ficam tentando controlar minhas ações.
Há coisas em mim que
me dão medo. Coisas como uma grande necessidade interior, que não pode ser
explicada. Como a necessidade constante de amor e de realização. Também,
aqueles desejos sutis que aparecem de surpresa certas horas, me fazendo
desejar ter experiências contrárias à minha melhor natureza.
Não sei explicar porque
sou uma pessoa tão dividida na hora do certo e do errado. O mal que detesto
está sempre presente em mim. Os desejos bons e éticos também estão presentes
e deixam a minha cabeça o tempo todo agitada. Não é uma briga de todo dia,
e nem dura o tempo todo, mas o mal, às vezes, tenta me dominar.
Bem na hora que eu
acho que consegui controlar a situação, tudo despenca e mais uma vez estou
fazendo coisas que realmente não quero fazer.
Essa guerra entre o
bem e o mal fere toda a humanidade. Um pastor, que teve seu adultério revelado
confessou: “A minha natureza má exercia uma estranha força sobre mim. Me
fazia buscar falsos sonhos que eu sabia não iriam dar em nada. Me amarrava
à uma lascívia que finalmente me destruiria. Me forçava a concessões que
me enfraqueciam. Suas promessas de amor acabavam em miragem. E mesmo sabendo
que continuaria me machucando com isso, eu seguia os ditames de minha mente
má como escravo obediente."
Um indivíduo, que antes
era do grupo de Jesus, e que tocou num conjunto religioso, tenta explicar
porque voltou para a velha turma, para as drogas e para o álcool.
“O que eu sei é que
há uma terrível luta buscando o controle do meu corpo. Sempre havia uma
presença má em minha mente, tentando pôr um fim nas coisas boas e decentes
que eu tentava fazer. Essa minha parte ruim ficava me puxando para baixo,
me levando a fazer coisas que eu realmente não queria fazer. Era uma presença
tremendamente dominadora. "Eu obedecia todas as ordens, e ficava com sentimento
de culpa, solidão e vazio."
“Porém, quando eu fugia
de todos os ruídos da multidão e me isolava dos prazeres, o meu eu, então
só e pobre lá no fundo, chorava em busca de satisfação, como o grito doloroso
de uma criança com fome. A voz gritava: 'Por favor não me deixe sozinho;
me alimente; me ajude; me dê amor.'
“Às vezes uma parte
de mim ficava zangada com Deus por não tirar o pecado do meu coração. Cansei
da batalha dentro de mim. O inimigo de minha alma parecia tão forte, e eu
me sentia tão fraco. A minha natureza de justiça queria que Deus pisoteasse
essa iniqüidade, arrancasse meus fortes desejos malignos, e me libertasse
do pecado."
"Sei que uma parte
de mim quer obedecer a Deus. Não tem nada a ver com igreja, pastores ou
com os caretas moralizadores. É ainda mais do que um desejo de perdão. É
mais do que apenas ser salvo. Não tem nada a ver com medo do inferno ou
condenação. É até maior do que a necessidade de paz e preenchimento. É uma
necessidade, bem no fundo da alma, de conhecer a Deus de um jeito muito
pessoal, e sentir Seu amor. Algum dia espero voltar para Deus e ficar livre.”
Centenas de alcoólatras
e viciados derramam suas sofridas histórias para mim em meu escritório.
Quase sem exceção, ouço a mesma confissão: “Odeio isto! Me fez virar um
animal! No começo era uma curtição, mas agora está me arrebentando. Sou
como duas pessoas. Estou preso a um hábito na cabeça; agora não consigo
parar. Mas no fundo do coração, quero ser livre. Me mostre como sair dessa.”
Um de meus jovens amigos
viciados, desesperado, deitou na cama, tirou das veias uma seringa cheia
de sangue, e respingou no teto: SOCORRO, DEUS!
O dilema homossexual
é uma das lutas interiores mais complexas entre duas naturezas, apesar de
que a maioria dos gays não considera sua preferência sexual como sendo um
problema que controla suas vidas. Para eles, homossexualismo é normal e
se ofendem quando se sugere que sofrem com seu estilo de vida. A maioria
afirma que não sofre.
Desde a rua Castro
em São Francisco até Greenwich Village em Nova York, tenho ouvido inúmeros
gays me dizendo o quanto são bem ajustados. Vangloriam-se de que não há
mais culpa neles, e que têm orgulho de serem gays. Vivem me repetindo que
só gays confusos e paranóicos querem mudar.
Um líder gay ativista
em São Francisco me preveniu: “Não há um único gay nesta cidade que queira
mudar. Os pastores simplesmente estão perdendo tempo. Não somos doentes
- não estamos precisando de uma chamada cura. Temos orgulho, somos mais
ajustados que os não gays - e temos todo o direito de nos sentirmos ofendidos
por fanáticos religiosos que entram em nossa região para tentar nos mudar.
Volte lá para os seus heterossexuais, que fazem troca de esposas, vivem
em fornicação, e faça-os mudar. Nos deixem em paz!”
Mesmo assim, a comunidade
homossexual não consegue explicar porque um número crescente de gays admite
agora perceber lutas tremendas com seu estilo de vida. A bebedeira, a alta
porcentagem de suicídio, a psicanálise constante, são indicadores que sugerem
que a luta entre as duas naturezas ainda fere dentro dos corações e das
mentes dos gays.
Tenho um amigo homossexual
que me conta de sua batalha íntima contra a lascívia e da luta para ser
livre. Ele diz:
“Quando comecei no
homossexualismo, uma parte de mim curtia e outra parte detestava. E eu me
odiava. Uma estranha sensação passou a me dominar, e comecei a me sentir
como se houvessem dois eus - duas partes de mim que se opunham - e me deixavam
frustrado e deprimido. Fui desenvolvendo um apetite insaciável por sexo
e no começo o desejo expulsava a culpa. Fiquei obcecado pelo meu corpo.
O triste é que a luxúria consumia todos os meus pensamentos e energia, e
eu não tinha força para reagir contra isso. Eu sentia a mente rasgando em
duas direções opostas. Uma parte de mim curtia o sexo selvagem, porque me
dava alívio temporário; a outra parte adoecia pelos terríveis atos que eu
odiava. Eu estava numa armadilha. Apesar de todo o sucesso, me sentia só.
Quando o impulso sexual vencia, eu buscava o álcool para me aliviar. De
algum jeito, eu sabia que o que eu fazia destruía todo o meu corpo.”
“Comecei a me perguntar
como poderia haver um Deus que me criasse com desejo por este tipo de sexo,
e me deixasse prisioneiro do próprio corpo. Abandonei qualquer possibilidade
de fuga. Eu simplesmente faria o melhor possível. Iria arranjar um jeito
de viver uma vida dupla, e aceitaria o meu modo de ser. Desistiria de lutar
para mudar.”
“Comecei a xingar Deus
por me deixar nascer com esse peso todo. Sentia que Deus tinha me abandonado.
Agora, outra pessoa me controlava. Ela falava comigo de longe, de um túnel
profundo e escuro. O outro eu, o eu bom e espiritual, ficava só choramingando.
A homossexualidade dominou completamente a minha personalidade. Tomou o
comando da minha vida e fiquei muito frágil para resistir.”
Ouvi um homossexual
na região do Tenderloin em São Francisco descrevendo o terror de sua alma:
“Amigo”, disse, “a troca de corpos num bar gay é a coisa mais insensível
da terra. É degradante e repugnante, porque a maioria dos bares gays agora
são prostíbulos informativos, espalhando fofocas, panfletos e levantando
dinheiro para causas políticas.”
“É terrível ter de
resolver suas necessidades sexuais nas ruas. Pego alguém na rua, e espero
que algo de bom aconteça. Continuo na esperança de que o amor aconteça.
Toda sexta e sábado à noite vem a esperança de que talvez desta vez vai
acontecer: o meu grande amor vai aparecer e me libertar da prisão de desespero.”
“Mas nunca acontece.
Fico carregando uma sensação profunda de engano, de que fui enganado. Todas
as promessas, que dou ou recebo para um compromisso eterno são rompidas,
e o que deveria ser o grande amor da minha vida vai murchando e morre. E
de novo volto à caça, tentando acabar com um prurido que não consigo localizar.
Volto a ter nojo de mim mesmo e a me sentir abandonado.”
Outro gay, vestido
inteiro de drag queen e se chamando de Renee, me diz como efetivamente deu
permissão para que parte dele surgisse, e se integrasse com a outra parte
de seu eu.
“Reverendo”, disse
ele, “posso desfilar por aí desse jeito porque estamos numa zona segura
para os gays. O seu terror é causado pela tentativa de controlar o impulso
sexual de maneira correta; o meu é causado pela tentativa de conseguir o
maior número de resultados. A maioria dos gays do meu círculo é tão insegura
quanto eu, com medo do fracasso. Os acertos para transa, feitos por códigos,
mantém você atento. Você fatura mais um, e volta rapidinho, querendo faturar
mais pontos. A fome nunca é satisfeita; nunca é o suficiente! Mas, cara,
com certeza isso deixa cicatrizes. Até meus amigos gays olham para mim como
que dizendo 'bichona poderosa'. O riso deles é mais cruel do que o dos não
gays."
“Um dia resolvi agir
como o deslocado que eu achava ser. Cansei de sonhos não realizados, da
dor contínua, da solidão constante. Fiz minha escolha - resolvi me libertar.
Sabia que tinha uma dualidade de identidade, que eu era na verdade duas
pessoas, e só uma no fim iria vencer. Abandonei o aconselhamento, pus de
lado os comprimidos, e resolvi fazer amizade com o corpo, e mostrar isso
como quisesse. Renee é o nome que dei ao meu eu dominador. Durante o dia,
sou professor numa sala de aulas; à noite, deixo que Renee venha à tona,
entrando na competição, na caça de troféus masculinos."
“Em meus momentos de
honestidade, sei que é tudo superficial. Vejo meus amigos abatidos e abandonados,
magoados e feridos por toda essa competição destrutiva. Alguns de meus melhores
amigos cometeram suicídio. Me sinto terrivelmente triste quando estou só,
mesmo quando não tenho motivo para me sentir assim. Os domingos são um horror.
Dia terrível de escuridão e dor. Sei que sou gay, mas digam o que quiserem,
não dá para se alegrar com isso. Renee agora me chateia. Os meus amigos
na verdade não se preocupam comigo.Os cigarros já estão fedendo. Ser popular
e ficar por cima não tem significado. As bebidas simplesmente me deprimem.
Rapidinho fico agitado. O que estou fazendo está na cara que é fim de linha.
Sou um gay de quarenta e dois anos, drag queen, que sai se pavoneando por
aí e tentando negar uma tragédia."
Sei de um homossexual
que achou que uma transformação de sexo mudaria a agitação interior. Ele
escreve: “Não suportava agir como homem. Eu tentava; até me casei, mas logo
me divorciei. Resolvi que não havia socorro para mim, então entrei no mundo
gay e me entreguei aos desejos.”
“Os meus desejos dominaram
minha razão. Eu era duas pessoas ao mesmo tempo. Eu queria ser mulher; pensava
como mulher; então por que não poderia ser mulher? Arranjei um médico e
fiz uma operação que mudou meu sexo. Eu achava que tinha ido longe demais
para Deus me perdoar, então aparecia em um night-club como bailarina exótica.
Mas minha mudança de sexo não trouxe paz ao coração. Me defini a favor da
luxúria, da excitação do momento, das baladas, das roupas caras, de comidas
finas, jóias, bebidas e companhias atraentes.”
“Mas quando estava
só, eu continuava tendo de enfrentar a mim mesmo. No espelho, uma mulher
me espreitava mas, por dentro, eu era a mesma pessoa que sempre tinha sido.
Continuava me sentindo só, rejeitado e minha guerra continuava."
“Descobri que não era
fácil sair. Sempre há a culpa e o medo de ser descoberto. Mas lentamente
você se endurece até que a coisa pára de lhe incomodar tanto. Há dias em
que ela ainda lhe incomoda, mas a gente arranja desculpas ou então, fica
bêbado para esquecer. No princípio o corpo se rebela contra atos antinaturais,
mas você força a se conformar, até que pára de doer. Aí você acaba dizendo
a si próprio que estes atos são naturais e belos. Dias, semanas e meses
passam, e as desculpas fazem com que você nunca enfrente a verdade.” Li dolorosas confissões
de monges que se trancaram em mosteiros durante anos, tentando dominar suas
malignas paixões. Mesmo assim, suas imaginações más quase os deixaram loucos.
Não alcançaram poder sobre a lascívia através do isolamento da sociedade.
No momento em que achavam que estavam livres da luxúria, e que os desejos
carnais estavam sob controle, caíam sob o domínio de paixões descontroladas
e maus pensamentos desenfreados.
Certo monge viveu por
cinquenta anos numa caverna subterrânea, tentando levar seu corpo em sujeição
ao Espírito. Outros se enterraram em areia fervente até o pescoço, esperando
“queimar” as iniquidades.
Li sobre monges que
dormiam em cima de blocos de espinhos e pilhas de vidro quebrado. Outros
prendiam um pé e ficavam saltitando sobre um pé até perder o uso do outro.
Um monge obrigou o corpo a se moldar à curva da roda de uma carroça, e ficou
na posição fetal por dez anos, tendo de ser alimentado pelos outros.
Simão Stylites ficou
por trinta anos no topo de uma coluna e, ao ficar muito debilitado para
ali permanecer , construíram um poste ao qual se acorrentou. Todos estes
métodos de auto-tortura foram impostos por monges tentando afastar de si
a presença do mal. Tentavam aniquilar aquela sua parte que ansiava pelo
pecado.
Ao longo da Idade Média,
longas procissões de flageladores iam de um país para outro, lamentando-se,
chorando, cantando músicas tristes de arrependimento, chicoteando as costas
ao longo da marcha. Milhares juntavam-se a estas procissões num esforço
para “acabar com o pecado”.
Santa Eteldra cria
que sua carne era tão má e impura, que recusava-se a se lavar. Ela andava
pelos lugares, sem se lavar e coberta de sujeira, e era reverenciada como
santa porque ela supostamente havia conquistado a carne.
Leio a Bíblia e descubro
que não sou o único pego na luta entre o bem e o mal. Davi era um homem
amado por Deus. Contudo, cometeu adultério com Bate-Seba e depois assassinou
o esposo dela para que não descobrisse que ela estava grávida. Foi levado
ao desespero. Ele admite: “Os meus pecados estão sempre diante de mim...São
demais para mim. Não me entendo...não há coisa sã em minha carne...envelheceram
os meus ossos por causa do meu pecado. O meu corpo está cheio de doença
repulsiva.”
Paulo, o apóstolo,
diz: “Não me compreendo de modo algum, pois realmente quero fazer o que
é correto, porém não consigo...Faço sim aquilo que eu não quero - aquilo
que eu odeio. Eu sei perfeitamente que o que estou fazendo está errado e,
a minha consciência má prova que eu concordo com essas leis que estou quebrando...Seja
para que lado for que eu me volte não consigo fazer o bem. Quero sim mas
não consigo. Quando quero fazer o bem, não faço; e quando procuro não errar,
mesmo assim eu erro... Em minha mente desejo de bom grado ser um servo de
Deus mas, em vez disso, vejo-me ainda escravizado ao pecado... QUE SITUAÇÃO
TERRÍVEL, ESTA EM QUE EU ESTOU! QUEM É QUE ME LIVRARÁ DA MINHA ESCRAVIDÃO
À ESSA MORTÍFERA NATUREZA INFERIOR? MAS, GRAÇAS A DEUS! ISSO FOI FEITO POR
JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR. ELE ME LIBERTOU.” (Romanos 7: 15-25 BV - No
original do autor: versão de Phillips)
Dois Paulos, também?
Sim! Havia uma guerra desesperada nele entre uma natureza espiritual e uma
natureza não espiritual, uma natureza atada à outra em constante luta. Esta
tragédia desesperadora, que Paulo descreve, é a experiência mais temível
que uma pessoa poderia algum dia suportar. É um medo tremendo de perder
o controle -- um medo tremendo de aborrecer a Deus por ceder a um pecado
secreto que de repente fica freqüente, ou pior, medo por ter se submetido
ao controle deste pecado.
A vítima que cede à
lei do pecado começa a pensar: “O que tenho de fazer para vencer este mal
em mim? Chorei um mar de lágrimas -- tentei força de vontade - me condenei
-- prometi mil vezes mudar -- já li tudo no mundo que havia sobre como se
tornar santo. Mas cheguei ao ponto de exaustão. Será que Deus vai desistir
de mim antes de eu aprender como ficar livre? Como posso enfrentar uma força
tão poderosa que me puxa para baixo? Do que adianta isso?”
Os que não têm esta
tremenda luta íntima chegaram a isso pela fé, ou então são desonestos; não
sentem pesar pelo pecado, porque escolhem fazer vistas grossas. Alguns se
tornaram endurecidos pelos pecados, e não sentem mais dor de consciência.
Outros, programaram para si um esquema primoroso de desculpas e justificativas
para tudo que fazem, absolvendo-se de todas as fraquezas e faltas. É prática
comum dos que descobrem possuir um problema que controla suas vidas, estudar
História, Psicologia, Sociologia, e Religião -- para achar justificativa
para seu comportamento.
Mas aquele que é honesto
ao fazer sua busca, não pode arranjar desculpas tão facilmente e viver bem
consigo próprio. Ele tem de enxergar seu lado carnal horrível e admitir:
“Sou vendido ao pecado como escravo. Sem Deus, inexiste qualquer coisa de
bom em mim. Sou fraco, frágil, inclinado ao pecado, preciso da ajuda de
Deus todo dia”. Em verdade, quanto mais santo um homem se torna, mais sabedor
ele se torna da própria pecaminosidade.
Há mais de cem anos
atrás, o grande pregador escocês Alexander Whyte usa de honestidade ao admitir
a batalha entre as duas naturezas em nós. Ele escreve:
“Os escritores têm
tido medo de revelar toda a verdade sobre suas tribulações. Uma pessoa cheia
de verdade tem de admitir que 'nunca houve outra com um coração tão débil
e mau quanto o meu, nenhuma vida com tanta maldade quanto a minha; nenhum
pecador cercado por tantas tentações e provações quanto eu'. Ela deve admitir,
por experiência própria de pecado íntimo, que seu pecado é maligno; que
o pecado, às vezes, ainda tem domínio sobre ela; que um mal indescritível
se oculta no coração; que tudo isso ocorre em seu próprio coração. Essa
é a agonia de cada dia, de todo homem cujos olhos estejam abertos para o
próprio coração.”
“Não há nada de que
se possa ter tanta certeza e segurança, quanto do pecado de seu próprio
coração ímpio; de seu egoísmo, de sua inveja, malícia, orgulho, ódio, espírito
de vingança e luxúria.”
“Tu,
pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que
não se deve furtar, furtas?” (Romanos 2:21- Rev. e Atualiz. Original: versão
Phillips).
Estou naquele ponto em que se acha que o cristão sem caridade, duro e sem
perdão, é o responsável por afastar o pecador do poder redentor de Cristo.
A igreja muitas vezes leva aquelas pessoas, cujos problemas controlam suas
vidas, a um abandono e a um desespero devastadores, através de uma falsa e
sacrossanta fúria contra o pecado. Cristãos, eles próprios vítimas de todos
os tipos de tentação, muitas vezes afastam os freqüentadores dizendo-lhes
que seus casos não têm cura. Essa atitude condenatória diz aos pecadores:
“Continue se afundando no pecado! Você não tem solução! A Bíblia lhe condena,
então caia na iniqüidade. Você já está perdido, por isso não vamos desperdiçar
tempo tentando lhe ajudar.”
Uma jovem lésbica que assistiu uma de minhas reuniões, me disse de sua dificuldade
em ser aceita pelas pessoas da igreja -- mesmo depois de sua conversão a Cristo.
“Gostaria
que os cristãos parassem de 'cutucar' os pecados e tratassem todo mundo igual.
Eles tendem a pôr os homossexuais no último lugar quando se trata de se preocupar
com eles, e em primeiro lugar na hora de achar que não têm mais esperança".
“Fico
cansada de ver os cristãos aceitando os adúlteros, as prostitutas, os alcoólatras
e os masturbadores que se convertem, e depois se encolhendo como víboras quando
os homossexuais procuram ajuda. Dá a impressão que estão quase vomitando quando
falam comigo; ficam de olho em cada movimento meu; fixam o olhar e ficam me
analisando, buscando erros. Eles não conseguem esquecer o meu passado, como
se Jesus tivesse vindo a este mundo para salvar todos, menos os homossexuais.”
Não é de se admirar que o pecado funciona por baixo do pano; não é de se admirar
que pessoas que possuam hábitos controladores de suas vidas tendam a reagir
com violência. Estas almas atormentadas são desprezadas; o escárnio é jogado
em cima delas por uma igreja que não quer ter nada a ver com “bichas” e “sapatões”.
Todos nós, ficamos muito adeptos da idéia de tratar com desdém pessoas que
achamos serem pecadoras e que não têm mais jeito. O desprezo e o sorriso forçado
dos cristãos estão dentre as causas maiores de trauma para as pessoas que
caem na sensualidade.
Estigmatizamos pessoas portadoras de problemas que estejam controlando suas
vidas. Deduzimos a respeito de seus caracteres, e achamos que estão presas
para sempre. Ficamos tão ofendidos com suas práticas, tornamos seus pecados
tão escandalosos, que as transformamos em degredadas, sem chance de volta.
Ajudamos a destruir sua fome de Deus, arrastando-as na avalanche da reprovação
e da raiva sem perdão.
Se você rouba do pecador o seu caráter, se você remove sua dignidade, se você
se concentra só em seus fracassos, se você o trata como algo não humano, se
você bloqueia todas as estradas para um escape -- ele é levado ao endurecimento.
Ele fica calejado e começa a reagir porque só lhe sobra isso. É fácil pular
do endurecimento à violência. Humilhe o pecador, remova seu senso de valor,
e logo você o terá levado ao total remorso. Se não há Deus nele para o sustentar,
ele vai perder a esperança, e finalmente se entregará àqueles que o aceitarão.
Então, ele muitas vezes usa esta hostilidade como desculpa para permanecer
em pecado.
A minha compaixão pelos pecadores endurecidos tem sido seriamente testada.
Já vi gangues de sado-masoquistas em trajes de couro desfilando pela rua Folson
em São Francisco, exibindo a perversão. Eles andam com cintos cheios de pregos,
correntes pesadas, chicotes e outros instumentos sado-masoquistas.
Drag queens se empavonam, orgulhosos, mostrando a cara a pessoas decentes.
Um número incontável de gays já me chamou de fanático e impostor. Xingam meus
esforços honestos para os ajudar -- jogam meus livros na sarjeta, pulam em
cima deles e ofendem o autor com torrentes de palavrões.
É
nessa hora que pensamentos horríveis começam a surgir em mim. Vou pensando:
“Deus, não há jeito para eles. Eles não Te querem; não querem ajuda. Estou
perdendo o meu tempo. Talvez um terremoto seja a única linguagem que consigam
entender. Por que pregar cura para pessoas orgulhosas que nem admitem que
precisam de ajuda?”
Mas quando vou para a região do Tenderloin em São Francisco, e converso com
os que chegaram ao fundo do poço -- e estão drogados, estourados, no fim da
linha -- algo de belo acontece. Os pecadores tendem a ser honestos na hora
do desespero. A verdade vem à tona no fim do jogo. O falso atrevimento, a
fachada de faz de conta, tudo desmorona. E de repente você encontra apenas
mais um pobre e perdido pecador, precisado do amor e da compaixão de Cristo.
Eles deixam escapar dolorosas confissões de terem sido jogados de um lado
para outro, de terem sofrido abusos, de terem sido usados, rejeitados e mal
compreendidos.
Não dá para explicar a alegria de ver corpos e mentes em frangalhos sendo
restaurados pelo poder de Deus. É isso que faz com que de tempos em tempos
voltemos novamente para as ruas, dispostos a sofrer maltratos dos endurecidos
adversários de Cristo. Pode ser só um em mil que admita a necessidade, ou
sofra o suficiente para querer mudar. Mas Deus nos guiará à esta pessoa --
e não há poder na terra ou no inferno que possa impedir o Espírito Santo de
limpar este coração faminto trazendo a cura.
Paulo o apóstolo diz: “Deus me mostrou que a nenhum homem considerasse comum
ou imundo” (Atos 10: 28).
Procurando a Solução
Durante anos tentei achar
a chave do poder contra o pecado. Vejo em mim tantas coisas nocivas e anseio
ficar livre da escravidão da carne.
A procura de poder contra
o pecado levou-me à uma peregrinação de dez anos por bibliotecas, artigos,
conferências com eruditos bíblicos, e a um estudo completo da Bíblia - especialmente
do livro de Romanos. Tudo que li e ouvi descrevia claramente a situação humana
de fraqueza, e a sempre presente luta contra o mal. Desde Paulo o apóstolo,
até líderes da igreja como Orígenes, Cipriano, Crisóstomo -- de Agostinho
até Lutero, Calvino, Zuínglio, Wesley, e mesmo teólogos e estudiosos modernos
-- todos descreviam a batalha, e todos admitiam que eles, também, estavam
na mesma luta. Por um lado, isto me reassegurava que eu não era um tipo excêntrico
de cristão, e que a vergonha pelo pecado do coração era compartilhada pelos
homens mais piedosos que já viveram na terra. Mas por outro lado, era desencorajador
aprender tanto sobre a luta, e tão pouco sobre a cura. Como Paulo, todos faziam
a grande pergunta: “Quem vai me livrar dessa desventura que há em mim? Como
posso ficar livre desta natureza pecaminosa?” E, como Paulo, todos respondiam:
“Através de Jesus Cristo, o Senhor.”
Ótimo! Cristo é a cura.
Paulo sabia disso; os pais da igreja sabiam disso; e eu sei. Mas o que exatamente
isso significa? É como dizer: a luz é produzida pelo sol. Como Cristo é a
cura? Como recebo Seu grande poder em meu corpo tão fraco? Como me ligar à
essa fonte sobrenatural de retidão? Não é suficiente dizer que Jesus pode
me salvar e me guardar do pecado. Não basta me dizerem: “A libertação vem
pela fé."
Paulo tenta explicar
os passos para o poder contra o pecado na carta aos Romanos. Ele fala sobre
a luta entre um velho homem e um novo homem. Ele admoesta os cristãos contra
a tendência à carnalidade - uma mente carnal - e previne que a vitória contra
o pecado é possibilitada pela inclinação ao espiritual - uma mente espiritual.
Dois homens em mim? Duas
leis agindo em mim? Duas mentes tentando me controlar? Dois espíritos em combate?
Francamente, é muito confuso. Li muitas interpretações eruditas do que Paulo
supostamente está dizendo, e fiquei ainda mais confuso. Os intelectuais discordam
quanto ao real significado da mensagem de Paulo em Romanos. Até Pedro tinha
dificuldades em entender certos argumentos de Paulo: “Ao falar acerca destes
assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais
há certas cousas difíceis de entender.” (2 Pedro 3:16).
Não posso acreditar que
o caminho para o poder sobre o pecado seja um segredo negro e profundo, que
se leva anos para aprender. Veja, estou precisando de ajuda já. Não dá para
esperar dicas. Se eu não entender como Deus funciona, e o que Ele espera que
eu faça, para mim acabou. O pecado pode me derrotar e destruir, a menos que
Deus me jogue uma corda de salvamento com a verdade.
O que preciso mesmo é
que Deus chegue até esta minha alma tão ligada às coisas terrenas, tão confusa,
tão inclinada a pecar, e me mostre como romper este encantamento do pecado.
A origem do pecado também
tem a ver com o fato de o homem nascer com livre arbítrio, incluindo alternativa
para praticar o mal. Tem a ver com Satanás trazendo esta alternativa à atenção
de Eva, a primeira dama da criação. Tem a ver tanto com Adão, quanto com Eva,
tendo seus olhos abertos para a luta interior que eles introduziram em seus
corpos e mentes. Como o pecado foi comunicado de Adão para o resto da raça
humana, é outro daqueles problemas teológicos que ainda se discutem.
Decidi-me não tentar
buscar a origem do pecado de Adão. Estou mais preocupado com a minha própria
luta. Uma pessoa com câncer não está preocupada em se envolver num estudo
sobre como o câncer se originou. Ela simplesmente quer a cura para a doença
dela. É verdade que o médico deve entender a causa da doença a fim de achar
uma cura. Mas o corpo aflito está mais interessado em ajuda imediata.
Simplesmente pedi ao
Espírito Santo que me mostrasse como honestamente lidar com o mal, que agora
mesmo está presente em mim. Para mim não importa de onde ele veio, como se
originou, ou como entrou em minha mente -- o que eu sei é que ele existe,
que não quero que ele me domine, e que preciso de ajuda para superá-lo. Pedi
que Deus me desse a resposta em termos simples que eu pudesse entender. Com
fé como a de uma criança, topei com três absolutos que abriram minha mente
para uma nova vida de liberdade em relação ao domínio do pecado. Eles são
a chave para a minha vitória contra o engano do pecado. Se você, também, está
procurando verdadeira libertação, estude estes absolutos cuidadosamente.
Absoluto 1:
A Bíblia diz: “Todos,
tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado” (Romanos 3:9).
Algumas pessoas são melhores
do que as outras? Os heterossexuais são melhores do que os homossexuais? Os
abstêmios são melhores do que os que bebem? Os esposos e esposas fiéis são
melhores do que os vizinhos adúlteros?
A Bíblia deixa a coisa
clara, de uma vez por todas. NINGUÉM É INOCENTE. Todos pecamos.
“Ninguém é bom - ninguém
no mundo inteiro é inocente. Ninguém jamais seguiu realmente as veredas de
Deus, nem mesmo desejou verdadeiramente fazê-lo. Todos se desviaram; todos
caíram no erro. Ninguém, em parte alguma, fez só o que é direito durante toda
a sua vida - nem uma só pessoa” (Romanos 3: 10-12 - Bíblia Viva)
A Bíblia não desperdiça
palavras na descrição do que está no coração do pecador. É um quadro feio
com o qual todos estamos familiarizados. O que está no coração do homem sai
pela sua boca.
“O que falam é abominável
e tão sujo quanto o mau cheiro de uma sepultura aberta. Suas línguas estão
cheias de mentiras. Tudo o que dizem tem o ferrão e o veneno de serpentes
mortíferas. Suas bocas estão cheias de maldição e de amargura. Estão prontos
para matar, odiando qualquer um que não concorde com eles. Por onde quer que
vão eles deixam a miséria e o transtorno atrás de si. Nunca chegaram a saber
o que é sentir-se seguro e desfrutar das bênçãos de Deus. Não se importam
com Deus, nem tampouco com o que Ele pensa deles” (Romanos 3: 13-18 - BV).
É muito importante a
maneira pela qual vejo meu pecado. A Bíblia diz que minto se vanglorio-me
dizendo que não há pecado em mim. A única maneira pela qual posso alcançar
a Deus, é primeiro ir fundo em meu próprio coração, arrastar para fora toda
a imundície - as coisas más escondidas lá - e deixar que Sua luz revele tudo.
A Bíblia diz: “Desde
a planta do pé até à cabeça não há nele cousa sã (em nós)” (Isaías 6:1). Pecado
é a palavra que polui cada parte de nossos corpos e mentes.
A Bíblia diz que o meu
coração é “Enganoso..., mais do que todas as cousas” (Jeremias 17:9). Por
que será, então, que não vemos nosso pecado como sendo algo mal e perigoso,
e por que damos desculpas para ele?
Saimos por aí enganando
a nós mesmos na crença de que o pecado não é tão pecado quanto Deus diz que
é, e que não somos tão maus quanto realmente somos. Inventamos uma lenga-lenga
enorme de palavras suaves e frases nebulosas, formadas para dar uma explicação
quanto à corrupção do pecado.
O pecado raramente se
apresenta a nós em suas cores verdadeiras; ele não aparece e diz: “Sou seu
inimigo mortal; estou prestes a lhe enganar, lhe destruir, e mandar para o
inferno”. Antes, o pecado nos chega como uma aparição angelical, com um beijo,
um braço estendido, palavras de elogio. O pecado raramente parece pecado no
começo. Mas, mesmo que se disfarce o pecado com nomes suaves não se consegue
mudar seu caráter.
A teologia aberta e liberal
que nos empurram atualmente, é uma praga moderna que não consegue trazer conforto
nem mesmo a quem a prega. Temos um número excessivamente grande de falsos
profetas nos púlpitos que são hábeis enganadores. Eles tentam absolver o pecado
pintando-o inteiro de cinza. Para eles, ninguém está certo e ninguém está
errado. Todo mundo vai se salvar; Deus ama a todos; pecado é apenas inospitalidade
ou ódio pelo semelhante.
Mas estes mesmos “silenciadores
do pecado” compartilham com todos os pecadores o mesmo tormento interior,
o mesmo sentimento de culpa e corrupção. Deixam a solidão, o vazio, e o desespero
para fora de suas considerações. Eles podem tentar tornar o pecador confortável
em seu pecado, mas não conseguem supri-lo de descanso e paz duradouros. Não
conseguem aquietar a voz interior profunda que clama: “Apesar de tudo isto,você
ainda é culpado.”
O pecado se manifesta
de duas maneiras: primeiro, parecendo insignificante e inocente; e segundo,
parecendo encantador, prazeroso e reconfortante.
O pecado quase sempre
cria uma falsa sensação de paz e “correção”. Dois amantes, pegos em um caso
secreto ilícito, dizem para si: “Isto não é pecado; me dá tanta paz e alegria.
Me sinto tão completo, mais do que tudo na vida”.
Essa paz falsificada
leva o pecador a imaginar que não está pecando. Eles presumem que o quê estão
fazendo está correto, pois sentem-se tão satisfeitos, e assumem que não estão
fazendo mal a ninguém. Mas a satisfação que o pecado cria está baseada numa
ilusão. É uma liberdade falsa alicerçada no erro. E quando a ilusão se esvai,
não sobra nada senão a dor e o desespero. É por isso que o pecado leva à depressão.
O pecado produz orgulho.
E o orgulho aborta todo desejo de verdade e retidão. O resultado final é uma
arrogância que ridiculariza Deus e os inimigos. A Bíblia descreve claramente
o estilo de vida do pecador orgulhoso:
“O perverso, na sua soberba,
não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações ...quanto aos
seus adversários, ele a todos ridiculariza...A boca, ele a tem cheia de maldição,
enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade...Põe-se de tocaia
nas vilas... Diz ele, no seu íntimo: Deus se esqueceu, virou o rosto e não
verá isto nunca” (Salmo 10:4-11).
Os pecadores muitas vezes
se acham livres dos pecados aos quais estão mais escravizados. Não há renovação
ou conversão porque não podem ser convencidos de qualquer erro ou culpa.
Alguns prefeririam morrer
a abandonar a sensualidade. Como disse um gay: “Prefiro morrer e ir para o
inferno, a deixar de ser gay. Para mim não existe céu sem gays. É melhor vender
a alma a ter que mudar”.
O pecado reina de modo
tão completo, que leva à uma total desilusão consigo mesmo. Leva as vítimas
a desconhecerem a si próprias, de modo que não sabem o que realmente pensam,
o que amam ou detestam, ou que se habituaram a algo e estão aprisionadas.
Os pecadores com o tempo minimizam tanto a Cristo, que dificilmente voltam
a pensar em salvação ou justiça. Ouvem tanto sobre Cristo e sabem tão pouco
sobre Ele - pois o pecado destrói a compreensão das coisas espirituais. Ele
estreita a liberdade de escolha que possuem, que se reduz a objetos de auto
gratificação, e rouba-lhes o poder de servirem a Deus.
A mente fica tão distorcida
pelo pecado, que leva os homens a temerem o câncer, mas a rirem do inferno.
Buscam ajuda por uma dor de dente -- porém permitem que suas almas entrem
em decadência, e se percam pela negligência. Que pena! Que estupidez!
Só com o passar do tempo
o pecado revela sua verdadeira natureza cancerosa. O homem peca e, porque
não cai morto, ele acha que não é perigoso. Sua consciência cauterizada não
lhe causa nenhuma dor no corpo, o peso do pecado cresce devagar, e o indivíduo
não tem idéia do quanto está carregado dele.
O pecado mantém controle
sobre o pecador prometendo mais e mais liberdade pela vida à fora.
O pecado possui sua própria
lei oculta da gravidade, que provoca rebaixamento automático. Quanto mais
baixo se vai, maior se torna a amplitude. É sempre contagioso, e leva para
o fundo todos que estiverem ligados a ele.
O pecado é mais perigoso
no pecador, quando este está ouvindo o chamado de Deus. O pecado vai se utilizar
de qualquer tipo de engano para não deixar de ter controle sobre suas vítimas.
O pecado se torna sutil quando o evangelho está perto. Ele não sugere: fuja
ou zombe; ele prefere sugerir: Espere! Não se apresse! Mais tarde! Se isso
não funciona, o pecado vai fingir ser a VOZ DO ESPÍRITO, dizendo ao homem
interior: “Renda-se a Deus; transforme-se -- daqui a pouco”.
O pecado oferece serviço
à humanidade em substituição ao serviço para Deus. O caminho para a dignidade
e a satisfação é então através da ajuda aos necessitados: levantamento de
fundos, envolvimento social em muitas e diferentes causas. Torna-se uma religião
substituta de boas obras e atos de caridade. A Bíblia denuncia esta religião
de boas obras.
“A salvação não é uma
recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer
mérito por isso...” “Devido à Sua (de Deus) bondade é que vocês foram salvos,
mediante a confiança em Cristo...” (v. Efésios 2:8,9 BV).
Sejam eles cometidos
abertamente ou em segredo, todos os pecados precisam ser renunciados e confessados
-- ou Deus não poderá lhe ajudar a se apartar deles. A CAUSA DA AGONIA MAIOR
É A MANUTENÇÃO DE ALGUM PECADO OCULTO. Ele cega os olhos da alma, e os enfraquece
para que não vejam a triste situação.
Nenhuma pessoa pode ser
um crente verdadeiro, enquanto o pecado não se tornar para ela a maior dor
e apreensão. Toda alma que vem a Deus deve admitir "a pecaminosidade" de seus
maus procedimentos.
Absoluto 2:
Jesus deixou bem claro que
qualquer homem que comete pecado se torna escravo dele. Ele diz: “Vocês são
escravos do pecado, todos vocês” (João 8:34 BV).
Temos o temível poder
de escolher nossos próprios senhores. Paulo diz: “Será que vocês não compreendem
que podem escolher seu próprio senhor? Podem escolher o pecado (com a morte)
ou então a obediência (com a absolvição). Aquele a quem você mesmo se oferecer,
este o tomará, será o seu senhor e você será escravo dele” (Romanos 6:16 BV).
Passo a passo, o pecado
secreto leva a vítima a um estado de cativeiro desesperador. Cada vez que
se cede a ele, é uma nova corrente sendo colocada. Leva à uma “fixação” pelo
que é corrupto. Quando a mente descobre que o corpo está preso por um hábito
cruel, ela simula desamparo. “Fui destinado à escravidão”, argumenta a mente.
“Deus me fez assim. Como Ele vai poder me julgar, se não sou responsável por
essa maligna tração magnética que sofro? Sou assim desde a infância”.
Não é assim, segundo
a verdade de Deus. Escravizamo-nos a nós mesmos seguindo nossas cobiças até
o ponto sem volta. Somos afastados e seduzidos pelas cobiças que guerreiam
em nossos corpos.
Não vem naturalmente,
pois todos nascemos com livre arbítrio para escolher o certo ou o errado.
Paulo diz: “...vocês...embora...
tivessem escolhido ser escravos do pecado...” (Romanos 6:17 BV).
Você pode rejeitar este
conceito de escravidão como sendo um processo aprendido de comportamento.
Você pode pôr a culpa em algum tipo de defeito de personalidade, neurose,
ou algum outro fator de stress. Você pode ficar repetindo a si próprio que
não é responsável por seus atos -- MAS VOCÊ NUNCA SE LIVRARÁ DO SEU PECADO
ENQUANTO NÃO ACEITAR A RESPONSABILIDADE DE TRATAR COM ELE. VOCÊ TEM DE QUERER
LIBERTAÇÃO.
Se continuar acreditando
que o pecado é herdado, e que você é igual à uma rolha levada por uma enorme
correnteza, você finalmente se renderá à escravidão: que adianta lutar se
não dá para vencer? Por que procurar cura, se não há nenhuma? Por que falar
de cura se você não admite que está doente?
Esta abordagem fatalista
é uma mentira esperta de Satanás para manter os escravos em fila. Não há um
til de verdade nisso. Inexiste pecado muito difícil para Cristo curar, cativeiro
muito poderoso para Ele romper. Você pode achar que está inevitavelmente acorrentado
a um hábito, ou aos encantos físicos de algum homem ou mulher, mas Cristo
pode derreter estas correntes como se fossem cera.
Há vinte e dois anos
atrás fui para os cortiços de Nova York para trabalhar com os viciados em
drogas. As maiores cabeças científicas e religiosas daquele tempo diziam que
os viciados em drogas não tinham cura. O então governador do estado, Nélson
Rockfeller, tinha acabado de completar um programa multi- milionário de pesquisas,
sem um único resultado positivo. Em reuniões médicas, uma após a outra, eu
ouvia “especialistas” dizendo: “Não há cura conhecida para o viciado em drogas.
Ele é uma pessoa psicológica e fisiologicamente acabada. O máximo que se pode
fazer é oferecer metadona como droga substituta”.
Comecei o trabalho para
Deus em um velho e deteriorado casarão em Brooklin. Porém, eu ficava com aquele
pensamento me incomodando no fundo da cabeça: “Talvez eles não possam se curar.
Talvez haja personalidades que já tenham uma tendência, e sejam destinadas
a viverem como escravas das drogas”.
Todo viciado em drogas
que entrava pela nossa porta repetia a frase dos especialistas. Toda hora
repetiam: “Não tem jeito. Não dá pra segurar. Uma vez drogado,sempre drogado.
Nasci para acabar assim mesmo”.
Era uma tremenda mentira
do diabo. Deus nos ajudou a mostrar isso com um grau documentado de 85 por
cento de cura, e hoje milhares de viciados em drogas e alcoólatras, ficaram
totalmente libertos da escravidão. A maioria não tem sequer o menor desejo
por aquela coisa que no passado os escravizava.
Creio que o mesmo é verdade
no homossexualismo. Ouço os especialistas, mesmo dentro da religião, me dizendo
que este problema é diferente. Me dizem que os homossexuais nascem assim.
Que se trata de um padrão psicológico de comportamento tão profundo, que nada
pode alterar seu curso. Igrejas e ministérios capitulam, e alguns agora rejeitam
a possibilidade ou a necessidade de cura. No entanto, centenas de gays e lésbicas
estão agora mesmo encontrando poder para transformar suas vidas através de
Jesus Cristo. Uma fome espiritual está se desenvolvendo no coração dos homossexuais
por todo o mundo. Acho que é o resultado de uma obra soberana do Espírito
Santo, para mais uma vez provar que Cristo pede cura, não capitulação. Tão
certo quanto o Espírito Santo quebrou as pernas do vício das drogas e do álcool,
Ele quebrará o mito de que o homossexualismo é incurável.
Pode-se justificar qualquer
tipo de escravidão, se você comprar a mentira de que Deus lhe pregou uma peça,
e o escolheu como vítima para ser acossado. Que alívio poder pôr a culpa nos
pais, em Deus, no destino. E que final devastador este engano pode trazer!
Os convertidos estão
constantemente sendo tentados a cair de novo neste engano. A batalha estará
perdida, desde que a mente se convença de que nada pode ser feito em relação
ao problema do pecado. Quando desejos antigos retornam, a presença do mal
sugere: “A sua liberdade nunca será definitiva. Entregue-se ao inevitável.
Você não muda. Como o leopardo, suas manchas não podem ser removidas. Volte;
você está perdendo tempo; o destino está contra você. Isso nasceu com você;
é a sua natureza; pare de lutar contra. Saia do armário, e viva com isso”.
A vitória é possível
só quando a verdade se desenha de modo claro e definitivo:
- NÃO NASCI
PARA SER ESCRAVO.
- POSSO DESAPRENDER TUDO
QUE APRENDI!
- ESCRAVOS PODEM SER
LIBERTOS!
- SATANÁS NÃO PODE ME
FAZER CULPAR A DEUS POR TER ME MARCADO!
- NÃO SOU DEFEITUOSO!
- NÃO ESTOU PRESO PARA
SEMPRE. EU APRENDEREI A SER LIVRE!
Com Deus não há essa
coisa de “no fundo do poço”, ou “envolvido demais”, ou “tarde demais”, ou
“muito difícil”.
"Para os homens é impossível;
contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível” (Marcos 10:27 -
Rev. e Atualiz. - Original: versão de Phillips).
Absoluto 3:
A lei do Velho Testamento
levou a humanidade à culpa e à condenação, porque mesmo mostrando o pecado
com clareza, faltava a ela o poder para produzir obediência. Era impossível
a qualquer ser humano cumprir inteiramente todas as leis e mandamentos de
Deus.
Paulo diz: “Vocês podem
ver agora? Ninguém pode jamais ser declarado justo aos olhos de Deus por fazer
o que a lei ordena. Quanto mais conhecemos as leis de Deus, mais claro fica
que não as obedecemos, pois que suas leis nos fazem ver que somos pecadores”
(Romanos 3:20 BV).
Suponha que você tropece
em um homem lá no meio da selva distante, longe dos recursos do conhecimento.
Ele está sentado no chão, cercado por uma variedade de coisas que ele não
tem idéia como usar. Ele tem um pedaço de carne crua, uma vasilha de água,
um pequeno pote com terra, correntes de ferro, roupas feitas de peles, e um
fogo queimando.
Ele fica com sede, então
pega o pote e o joga no rosto, deixando-o com os olhos assombrados. Ele fica
com fome, então mastiga as próprias roupas. Ele fica com frio, então senta-se
na vasilha com água. Ele sente dor no tronco, então ele o bate com correntes
de ferro. Quando fica cansado, ele se deita no fogo. Ele tenta forçar a carne
ouvido a dentro, para acabar com uma dor de ouvido.
Que tormento este pobre
homem teria de suportar por não ter idéia de como usar as coisas à sua disposição.
Ele não entende a lei do fogo, da dor, da fome, ou da sede. Suponhamos que
você se aproxime deste homem, e lhe mostre como cozinhar e comer a carne,
como usar as correntes para puxar a lenha para a fogueira, como vestir as
roupas quando estiver com frio, como beber água para matar a sede. A partir
daí, ele irá saber que é errado fazer do jeito antigo..
Você mostrou a ele como
é errado deitar no fogo, só para colocá-lo sob cativeiro? Você o fez para
roubar-lhe a liberdade de escolha? Não! Você o fez para salvá-lo da auto-destruição.
Dessa maneira, as leis
de Deus e os Seus mandamentos são para o nosso próprio bem. Não objetivam
limitar nosso livre estilo, ou impedir nossa liberdade. Elas são feitas para
nos ensinar a maneira apropriada de usar as coisas criadas por Deus. As leis
de Deus são designadas para nos mostrar que se usarmos de maneira inapropriada
o mundo e as coisas que estão nele, isso nunca poderá trazer felicidade ou
satisfação - que apenas acrescentaremos à dor e ao erro de procedimento, as
coisas designadas para nos auxiliar.
Quero lhe mostrar a fraqueza
de tudo isto, e porque um novo plano tinha de ser desenvolvido. Você pode
mostrar àquele homem mal orientado, o quão prejudicial pode ser a maneira
que ele usa para fazer as coisas; você pode lhe mostrar como fazer da maneira
certa - mas você não pode forçá-lo a fazer do jeito certo. Ele pode voltar
a golpear o peito com a corrente, jogar terra nos olhos, e sentar na água
fria num esforço para se esquentar, simplesmente porque ele está acostumado
a fazer desse jeito.
Deus tinha de enviar
Cristo para morrer na cruz. Teimosos como somos, continuamos fazendo as coisas
do jeito que queríamos, e a nos destruir. Deus nos deu a lei para nos mostrar
a maneira tola pela qual conduzíamos nossas vidas, e para nos avisar das conseqüências,
mas preferimos continuar fazendo do jeito que estávamos acostumados. Então
a lei falhou em nos levar a fazer o que era certo. A lei era uma aula ilustrada
à qual ninguém prestava muita atenção.
Eis porque um novo plano
para salvar a humanidade foi desenvolvido. Um novo caminho tão simples que
até uma criança pode compreender. O novo plano consisitiu em crer, em vez
de fazer.
Que situação difícil! Tudo que Deus queria era compartilhar Seu amor, e tornar
Sua criação feliz e plena, mas agora o pecado O estava levando além do Seu
amor. Se o ser humano continuasse nesse curso, Deus no final das contas não
teria ninguém querendo Seu amor, e toda a humanidade estaria se escondendo
de Sua presença. Ele não podia permitir isto.
O homem acaba em um dilema angustiante. O homem natural, criado com fome pelo
amor divino, não consegue compreender ou captar este amor. Então o homem sai
buscando métodos de satisfazer esta fome por meios carnais.
Alguns acham que a fome se origina no ventre. A comida se torna seu deus.
“Cujo deus é o ventre”, dizem as escrituras. Confundem o apetite por Deus
com apetite por alimentos, e se tornam glutões. Na solidão, comem. Na depressão,
comem. Quando aquela fome desconhecida, íntima e profunda começa a roer por
dentro, tentam afogá-la num avalanche de comida. Não adianta. Nunca se satisfazem.
Esta fome leva a humanidade para o álcool! Recentes pesquisas revelam que
uma maioria impressionante da população agora bebe regularmente. Quanto mais
o homem se desgarra do amor de Deus, mais ele bebe. Ele pode afugentar a fome
por algumas horas, mas ela sempre volta com intensidade maior.
Outros, acham que o apetite está na região lombar, no tronco. Desenvolvem
um apetite insaciável por sexo. São vencidos pelo instinto de serem segurados,
tocados, abraçados, profundamente amados. Pulam de uma pessoa para outra,
na tentativa de satisfazerem este desejo profundo e íntimo. Alguns cobiçam
homens; outros, cobiçam mulheres. Infelizmente para eles, o espírito não está
ligado ao tronco. É por isso que o sexo não pode produzir amor. O tronco de
uma pessoa tem tanta chance de produzir amor quanto o ventre. Nem pessoas
legalmente casadas conseguem produzir amor com sexo. Eles podem se entregar
ao sexo com freqüência, e ainda assim não satisfazerem sua real necessidade
de amor. O amor é uma dádiva espiritual divina que não é produzida com sexo.
Duas pessoas fazendo sexo é igual a duas pessoas almoçando. Ambas atividades
estão satisfazendo uma fome espiritual, mas de modo algum produzem real amor.
O sexo pode temporariamente satisfazer a fome humana, mas não consegue satisfazer
a fome do homem interior.
Em relação à atual geração pode se dizer que “...o tronco é o seu deus”. Em
vez de adorar a Deus, e aceitar Seu amor, buscam satisfazer a fome na adoração
do corpo, e tornando o sexo o seu deus. Mas não demora muito para descobrirem
que o sexo não produz felicidade, alegria duradoura, ou paz.
Perversão não é praticar um ato sexual ilegal; é recusar o amor de Deus, substituindo-o
por amor a si próprio. É a adoração do próprio corpo. É fazer do tronco o
seu ídolo. E todos os problemas do homem resultam da recusa de ele reconhecer
que suas reais necessidades são espirituais, e não física.
A Solução Final
Sendo o homem culpado,
estando ele com medo de Deus e escondendo-se dEle, Deus decidiu Ele mesmo
entrar na raça humana através de Seu Filho Jesus. O trabalho de Jesus era
muito simples: Ele foi enviado para trazer a humanidade de volta para Deus.
“Pois Deus estava em
Cristo, recuperando o mundo para Si, não levando mais em conta os pecados
dos homens contra eles, e sim apagando-os. Esta é a mensagem maravilhosa que
Ele nos deu para transmitir aos outros” (2 Coríntios 5:19 BV).
Pense nisso! Deus estava
naquele Homem Jesus, movendo-se na tentativa desesperada de restauração da
humanidade ao Seu glorioso amor. A comprovação é impressionante:
“Deus, no entanto, mostrou
seu grande amor por nós, enviando Cristo para morrer por nós enquanto ainda
éramos pecadores” (Romanos 5:9 BV).
Deus se cansou de permitir
que obstáculos se colocassem entre Ele, e o Seu objeto de amor. Ele resolveu
que nunca mais coisa alguma separaria o homem do Seu amor. Porém, o pecado
ainda era a grande força que separava o homem de Si, Deus. Toda vez que o
homem pecava, ele corria e se escondia de Deus. Adão fez isso; Caim fez isso;
Davi fez, e nós ainda estamos fazendo. Deus disse: “CHEGA!”
Deus resolveu colocar
todos os pecados da humanidade sobre o Seu próprio Filho, deixando que Ele
morresse como condenado cheio de culpa, e através disso deixando o homem livre
de pagamento e castigo. Seria mais ou menos como um juiz escolhendo uma pessoa
inocente para pagar por todos os crimes de cada um dos prisioneiros de todas
as cadeias, sentenciando-a à morte, abrindo as prisões, e deixando que todos
os prisioneiros saíssem em liberdade. Será que soa ridículo que uma pessoa
possa pagar pelos crimes de todos os infratores? Claro que sim! Mas por um
ato de amor que denominamos de GRAÇA, Deus fez exatamente isto.
Deus resolveu libertar,
soltar, perdoar a dívida pelos pecados do mundo inteiro. Cristo foi crucificado,
e ressuscitou; e Deus disse: “O Meu plano foi completado. O homem agora pode
retornar ao Meu amor, porque livremente o perdôo. Eu libero-o de toda culpa;
não tenho absolutamente nada contra ele. O pecado já não pode mais interpor-se
entre nós”.
Perdoados? Perdoados
de adultério? de homossexualismo? de assassinato? Estupro? Incesto? Vício
em drogas? Alcoolismo? Roubo? Jogatina? Lascívia? E perdoados de todos os
outros pecados conhecidos pela humanidade? Exatamente isso! Perdão integral
sem ter de trabalhar por isso, sem o merecer! É uma dádiva de Deus, tornada
possível pela morte de Cristo, recebida pela fé.
Alguém perguntou a Jesus:
“O que devo fazer para ser salvo?” Em outras palavras: “Qual é o meu papel
neste plano feito para me ajudar? Há algum truque? Como poderei desfrutar
desta libertação do pecado e da culpa?” Jesus respondeu com uma única palavra:
“Creia!”
Você ouviu isso a vida
inteira: creia e seja salvo. Mas o que quer dizer isto?
Crer é consentir com
algo que você ouviu.
Fé é o que você faz em
relação a algo que você sabe.
Por exemplo, o diretor
da cadeia chama um prisioneiro, lhe mostra um documento oficial e diz: “Tenho
em mãos o seu perdão! Você crê nisso?”
O prisioneiro acena a
cabeça e diz: “Sim, eu creio”.
O diretor da cadeia abre
o envelope do documento, lê o perdão em voz alta, volta-se para o prisioneiro
e diz: “Você é um homem livre. Você pode ir embora na hora que quiser”.
O pobre prisioneiro,
equivocado, aperta as mãos do diretor da cadeia, diz: “Obrigado”, e VOLTA
DIRETO PARA A CELA, E AOS ANTIGOS COMPANHEIROS!!
Ele ouviu a boa palavra;
creu em cada um dos termos; até foi educado e disse obrigado. Mas se tivesse
fé no que ouviu, ele teria saído do escritório do diretor da cadeia sem olhar
para trás.
Até os diabos “crêem”
em Deus e tremem na Sua presença. Você não será transformado simplesmente
concordando com a Palavra. Não é para você dizer: “Claro, estou ouvindo; eu
entendi”, e aí voltar para os pecados, sem fazer algo em relação ao que você
sabe ser a verdade. O que você faz em relação ao que sabe, é a responsabilidade
que Deus coloca sobre você.
“Porque, assim como o
corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26
- Rev. e Atualiz. - Original: Phillips).
Não há nenhum outro direito pertencente à humanidade mais importante que o
DIREITO DE FICAR LIVRE DO PODER DO PECADO. Permissão para pecar à vontade
não é liberdade, antes, leva à uma escravidão que fica lhe cobrando.
A liberdade oferecida por Cristo é a ruptura de todas as correntes do pecado,
e a saída da prisão de todos os maus hábitos. Sugerir que um pecado controlador
de vidas é aceitável a Deus, é acusá-Lo de cruel negligência e de desinteresse.
Que Pai amoroso aceitaria que um filho Seu permanecesse preso às correntes,
e usado como escravo?
Pode o cristão continuar entregue a paixões secretas, e permanecer favorecido
por Deus? A minha resposta é: por que ele iria querer isso? É como perguntar:
“Será que uma pessoa pode estar ótima, acorrentada na prisão?” Por que um
prisioneiro iria preferir ficar trancado, com um juiz diante de um portão
aberto lhe apontando a liberdade? Não há propósito em se condenar o pecado
sexual como sendo apenas uma abominação, algo não natural, uma perversão ou
depravação. Estes são apenas efeitos colaterais do problema real: CATIVEIRO.
A Bíblia diz que A VERDADE LIBERTA O HOMEM. Cristo morreu para nos conceder
esta liberdade, e Ele não está disposto a permitir que os homens zombem disto.
Eu, em absoluto, não estou interessado nos antiqüíssimos argumentos sobre
qual era o pecado de Sodoma, ou em mexer com teologias sobre o que a Bíblia
diz ou deixa de dizer em relação a homossexualismo, alcoolismo, vício em drogas,
ou outros hábitos controladores de vidas. Tudo que sei, é que quando as pessoas
aceitam a verdade de Cristo, isso as deixa livres -- ponto final! Os homens
não podem explicar a liberdade cristã como sendo o direito de se pecar à vontade
- Deus então define claramente o que é a liberdade. “Porque
a velha natureza pecaminosa dentro de nós está contra Deus. Ela nunca obedeceu
às leis divinas e nunca o fará. É por esta razão que NUNCA PODEM AGRADAR A
DEUS aqueles que ainda estão sob o controle de sua própria natureza pecaminosa,
inclinados a seguir seus antigos desejos malignos” (Romanos 8: 7,8 BV).
Um Novo Amor
É impossível levar qualquer
problema controlador de vidas a parar completamente, e removê-lo sem colocar
alguma outra coisa no lugar. O pecado não cede quando revelado; o medo não
acaba com ele; ele não se auto destrói. Não existe essa coisa de simplesmente
se separar de um velho hábito.
É preciso mais do que
um simples ato de resignação. É preciso mais do que um dia de repouso, ou
do que tristeza na hora de dormir. É preciso mais do que um superficial arrependimento
teatral. O coração não consentirá em ter uma sua afeição roubada, sem que
uma outra preencha o vácuo. Ele não consentirá em ficar desconsolado sem amor,
a menos que um maior amor desaloje o velho.
O coração do homem se
revolta contra o vazio; ele não suporta ficar em estado de penúria, ou de
sofrido esvaziamento. A natureza efetivamente abomina o vácuo, por isso romper
com qualquer afeição do coração, e deixá-lo vago, se trata de uma empreitada
desesperadora. O coração humano precisa se agarrar e unir à uma afeição maior.
Ele tem de ter algo a que se apegar, a que se prender.
Toda pessoa que tenta
arrancar do coração algum tipo de pecado prazeroso ou afeição, sem colocar
outra coisa no lugar, está flertando com uma situação desastrosa.
O estado final deste
homem pode ser pior do que o primeiro, com uma legião de demônios se juntando
para preencher o vazio.
Cristo não é um tipo
qualquer de “desligador de pecado” que sai removendo hábitos e prazeres dos
pecadores, deixando-os limpos, porém vazios. Deus não tira nada de ninguém;
Ele simplesmente oferece algo muito melhor. Deus não produz vazios; Ele os
preenche. Nós entendemos Deus errado. Ficamos Lhe pedindo que tire algumas
coisas de nós, em vez de pedir que inunde nossas almas com as poderosas cataratas
do Seu amor, e nos dê algo muitíssimo maior.
O amor de Deus e o amor
deste mundo são duas afeições; não apenas rivais, mas inimigas. Eles não podem
habitar juntos no mesmo coração. Mas o amor de Deus é tão poderoso, tão consumidor,
que sujeita todos os outros amores. Se outras afeições não cedem, Ele as expulsa.
Quando aceitamos nossa
adoção na família de Deus pela fé em Cristo, Ele coloca o coração sob o domínio
de uma única e gloriosa afeição, através disso livrando-nos da tirania de
velhas afeições.
Você não será livre enquanto
não dispuser sua mente a possuir esta afeição pelas coisas do alto. Não permita
que a incredulidade lhe oculte a visão do maravilhoso amor de Deus. A melhor
maneira de lançar fora as afeições impuras, é convidar uma pura para entrar.
Será que a crença em Jesus Cristo como Senhor, fará com que todos os meus
maus desejos sejam removidos? Será que nunca mais serei tentado? Se me arrepender,
e entregar minha vida a Cristo pela fé, será que Ele me transformará?As paixões
que têm garras de ferro sobre mim serão rompidas? Como ter poder para resistir
à tentação? Será que eu realmente posso me tornar uma nova pessoa?
Primeiro, quero lhe mostrar o que a Bíblia diz sobre o assunto.
1. A Fé em Cristo Desaloja a Natureza Pecaminosa. “Se,
porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está em vós, o corpo, na verdade,
está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça”
(Romanos 8:10 - Rev. E Atualiz. - Original: Phillips).
2. Ele ajuda a Secionar o Nervo dos Maus Instintos.
“Se
viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito,
mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis” (Romanos 8:13 - Rev.
e Atualiz. - Original do autor: versão Phillips).
3. Ele Rompe a Tirania do Pecado de Uma Vez Por Todas.
“Os
antigos desejos malignos de vocês foram pregados na cruz juntamente com Ele;
aquela parte que em cada um de vocês gosta de pecar, foi esmagada e mortalmente
ferida, de maneira tal que esse corpo, amante do pecado, não está mais sob
o controle do pecado e não necessita mais ser escravo dele. Quando vocês morrem
para o pecado, libertam-se de todos os seus atrativos e do seu poder sobre
vocês” (Romanos 6: 6,7 BV).
Agora chegamos à grande questão -- à pergunta que tem confundido a mente de
crentes que amam a Deus, desde Paulo o apóstolo até hoje. É a pergunta que
persegue aqueles que abandonam o caminho cristão, porque ele não parecia romper
os grilhões do pecado:
SE Cristo torna os crentes mortos para o pecado, se o nervo dos instintos
malignos é cortado, se a natureza má é esmagada -- por que eles ainda descobrem
velhos desejos maus brotando? Por que ainda existe uma presença do mal em
seus corpos? Por que ainda são capazes de praticar coisas pecaminosas como
os demais pecadores? Por que ser cristão, se não rompe o poder do pecado?
Os crentes realmente descobrem que velhos desejos retornam, e são forçados
a dizer com Paulo:
“Não
me compreendo de modo algum, pois realmente quero fazer o que é correto, porém
não consigo. Faço, sim, aquilo que eu não quero - aquilo que eu odeio. Eu
sei perfeitamente que o que estou fazendo está errado” (Romanos 7: 15,16 BV).
“Agora,
se estou fazendo aquilo que não quero, é simples dizer onde a dificuldade
está: o pecado ainda me retém entre suas garras malignas” (Romanos 7: 20 BV).
“Quanto
à minha nova natureza, eu gosto de fazer a vontade de Deus; contudo existe
alguma coisa bem no meu íntimo, que está em guerra com a minha mente e ganha
a luta, fazendo-me escravo do pecado que ainda está dentro de mim. Em minha
mente desejo de bom grado ser um servo de Deus mas, em vez disso, VEJO-ME
AINDA ESCRAVIZADO AO PECADO” (Romanos 7: 22-25 BV).
Paulo não estava falando de uma experiência antes de aceitar a Cristo -- pois
declara: “gosto de fazer a vontade de Deus”. Também fala de sua “nova vida”
que lhe manda fazer o certo. Isso não é testemunho de um pecador. Paulo, em
alguma época, enfrentou esta luta após a conversão, e abriu para nós sua guerra
interior. Tem sido a guerra pessoal de todo cristão honesto.
Quase que soa como sendo conversa enganadora. Soa como se os cristãos não
fossem nem um pouco diferentes dos pecadores. Parece que a batalha nunca acaba.
Não é assim! Há uma explicação provando que o poder do pecado foi quebrado.
Paulo diz:
“Que
situação terrível, esta em que eu estou! Quem é que me livrará da minha escravidão
a essa mortífera natureza inferior? Mas, graças a Deus! Isso foi feito por
Jesus Cristo, nosso Senhor. Ele me libertou” (Romanos 7:25 BV).
Que descoberta Paulo fez, que conseguiu levá-lo a se alegrar e dizer: “Agora...já
nenhuma condenação há” (Romanos 8:1- Rev. e Atuliz. - Original: Phillips)?
Que grande descoberta fê-lo parar de dizer “Quero fazer o certo, mas não consigo”?
Como Paulo conseguiu enfrentar este dilema?
Ele fala sobre UM NOVO PRINCÍPIO DE LIBERDADE. Este novo princípio de liberdade
através de Jesus Cristo fez parar o carrossel do pecado, desligou o gira-gira
sem fim, e o libertou de uma vez por todas de seu poder.
Em colocações simples, eis como este PRINCÍPIO DE LIBERDADE funciona. Três
grandes verdades estão envolvidas.
I.
Os Que Crêem Não São Mais Escravos do Pecado.
“Portanto...vocês
não têm, para com a velha natureza pecaminosa, qualquer obrigação de fazer
o que ela lhe pede” (Romanos 8:12 - BV; Original: Phillips).
Dizemos que a princesa Isabel “libertou os escravos” com a proclamação da
Abolição. Este documento legal declarou a escravidão acabada. Todos os escravos
foram libertos.
Quando a notícia começou a se espalhar pelas fazendas, muitos dos escravos
não acreditaram. Continuaram escravizados aos senhores, convencidos de que
a promessa de liberdade era um trote. Inúmeros fazendeiros inescrupulosos
disseram aos escravos que se tratava de rumor falso, e os conservaram sob
cativeiro. Mas pouco a pouco, a verdade foi crescendo neles, ao verem antigos
escravos caminhando por lá, aproveitando a liberdade recém encontrada. Um
a um, jogaram fora as cargas, viraram as costas para a escravidão, e saíram
para iniciar vida nova.
Talvez você ainda não tenha ouvido, ou talvez soe bom demais para ser verdade,
mas Cristo libertou todos os escravos do pecado no Calvário. Você pode “se
mandar” do diabo! Você pode jogar fora a carga do pecado, sair do domínio
de Satanás, e ingressar numa nova vida de liberdade.
Quero lhe mostrar o que a Bíblia quer dizer quando ela fala de morrer para
o pecado. Quando a princesa Isabel libertou os escravos, a “questão” da escravidão
morreu; não o tirano, não o escravo. Este podia sair livre, dizendo para si:
A ESCRAVIDÃO É ASSUNTO MORTO. O VELHO ESCRAVO EM MIM MORREU. SOU UM HOMEM
LIVRE.
Quando alguém recebe Cristo como Senhor, o que morre nele? O pecado não morre;
Satanás não morre. Nem a tendência para o mal. A “questão” ou a “controvérsia”
morre. O pecado criou uma controvérsia no coração do homem em relação a quem
manda, e a batalha entre o bem e o mal é o resultado. Deus simplesmente libertou
a mente do controle do pecado, matando a controvérsia da escravidão ao mal.
Quando a Bíblia diz, “morremos para o pecado”, simplesmente significa que
para nós O ASSUNTO MORREU! Não há mais argumento -- É INEGOCIÁVEL - A HUMANIDADE
FOI LIBERTA NO CALVÁRIO! A questão sobre quem manda morreu!
Paulo usa termos legais para descrever a liberdade do cristão quanto à escravidão
ao pecado. Os mesmos termos legais são usados todo dia no Congresso Nacional:
O PROJETO É ASSUNTO ENCERRADO. A EMENDA FOI DERRUBADA. A RESOLUÇÃO CAIU.
A Bíblia diz: “...quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos
com Cristo, cremos que também com ele viveremos” (Romanos 6: 7,8).
Isso quer dizer simplesmente: já que a questão da escravidão ao pecado é assunto
morto, vendo que Cristo já lhe declarou liberto, você agora está livre para
viver como nova pessoa em Cristo. Em outras palavras, você morreu para a escravidão,
então por que voltar e ficar plantando milho e café para o diabo?
Agora, o escravo poderia dar uma escorregada no campo, e pegar alguns pés
de milho -- talvez por medo ou pelo instinto -- mas isso, de maneira nenhuma,
o tornava escravo outra vez. Ele estava livre, mas tinha de exercitar a liberdade.
A proclamação não podia forçar obediência, e nem o senhor podia forçar o escravo
a voltar. Tratava-se de uma questão da vontade do escravo.
Cristo não pode levá-lo a fazer o certo, e Satanás não pode levá-lo a fazer
o errado. Cristo declara que somos livres pela fé, mas precisamos agir como
pessoas livres.
Há muitas eras atrás, nas cortes do inferno, Satanás decretou uma lei segundo
a qual, como príncipe do mundo, todas as almas eram seus súditos. A corte
suprema de Deus MATOU ESTA LEI DO PECADO. Ela morreu porque Satanás não pôde
mais impingi-la. Deus a declarou inconstitucional, e a substituiu por Sua
própria lei: A LEI DO ESPÍRITO, dando a Ele todos os direitos em relação ao
corpo dos crentes.
Após anos de tentativa para entender o que Paulo queria dizer por MORRER PARA
O PECADO, ou MORTE DA VELHA NATUREZA, eu agora vejo o quanto isto é simples.
O pecado não morre, só a ESCRAVIDÃO ao pecado é que morre! Seu poder sobre
mim morre. Então agora não preciso viver tentando morrer, ou lutar para me
sentir morto. Nada em mim morre, exceto a lei que me mantinha sob o controle
do pecado. O pecado ainda está presente em mim, mas não estou mais sob o seu
controle.
Pense na libertação do pecado como uma anulação. Cristo leva o crente até
o Pai, o Juiz, e recebe uma anulação do pecado, de tal maneira que pode aceitar
este mesmo crente como Sua noiva. Cristo nos amou enquanto ainda vivíamos
no pecado; Ele morreu para provar este amor, e isto Lhe deu o direito de anular
as reivindicações do pecado sobre nós.
Esta anulação nos torna mortos às exigências de nosso antigo caso, mas não
impede o velho namorado ilícito de aparecer para assediar, seduzir, ou tentar
forçar mais reivindicações. Satanás jamais aceita essa anulação sem brigar.
Ele chega trazendo ameaças, acordos, ofertas sedutoras. Mas legalmente, Satanás
não pode mais reivindicar nenhum crente. Paulo escreve: “...estamos mortos
para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de
espírito e não na caducidade da letra” (Romanos 7:6).
Nenhum cristão pode agora dizer: “Não dá para evitar. Não consigo romper com
o pecado”. Paulo finalmente ficou livre deste tipo de conversa, e assim devemos
ser! Satanás não pode lhe fazer pecar agora; mas sua velha natureza de escravo
pode tentar se reafirmar. Se Cristo não quebrou o poder do pecado, a crucificação
foi uma piada.
Você sempre será um escravo, enquanto não parar de desculpar sua fraqueza
alegando ser frágil. Você não é frágil como filho de Deus. Você não é mais
o bode expiatório do diabo; então entre em ação, e discipline sua vontade
feroz e teimosa. O cristão que diz “Não consigo”, está na realidade dizendo
“Não quero”. Fingir ainda ser escravo, é um álibi que os cristãos usam para
postergar o enfrentamento da responsabilidade da libertação.
“E
assim não devemos ser como escravos medrosos e servis, mas devemos nos comportar
como verdadeiros filhos de Deus, adotados no meio de sua família” (Romanos
8:15 BV).
“Foi
assim que Cristo nos libertou. Agora, cuidem de permanecer livres e não fiquem
novamente presos pelas cadeias da escravidão” (Gálatas 5:1 BV).
II.
A Libertação da Escravidão ao Pecado Precisa Ser Aceita Pela Fé
“Tudo
se trata então de uma questão de fé da parte do homem, e de generosidade da
parte de Deus.”
Já declarei neste livro que a fé é algo que você faz em relação ao que sabe.
O saber não quer dizer nada, a menos que você aja quanto a isso.
Os filhos de Israel receberam a boa palavra de que Deus lhes havia dado Canaã
para ser a sua terra. Tal informação não lhes iria significar absolutamente
nada se tivessem continuado no Egito como escravos. Mas a Bíblia diz, “Pela
fé...(Israel) abandonou o Egito...Pela fé, atravessaram o mar Vermelho” (Hebreus
11: 27-31).
Os israelitas não marcharam até os limites de Canaã, nem lançaram uma saraivada
de flechas, e ficaram esperando que o exército inimigo caísse morto. A terra
era deles, mas eles tinham de se apossar dela “soldado a soldado”.
O que isso tem a ver com vitória contra as amarras do pecado? Tudo! Cristo
definiu a questão da escravidão ao pecado me declarando liberto do seu domínio,
mas tenho de crer nisso até a hora em que resolvo fazer alguma coisa em relação
a esse ponto.
Não basta dizer: “Sim, creio que Cristo perdoa os pecados. Creio que Ele é
o Senhor. Sei que Ele pode quebrar o poder do pecado na minha vida”. Você
está mentalmente concordando com o que ouviu. Mas fé é se mover em cima desta
promessa de liberdade, e agir baseado nela.
Como? Rompendo com velhos amigos que lhe arrastam para baixo; convencendo-se
que a liberdade é, na realidade, sua. Reivindique-a! Se Deus disse, aja baseado
nisso. Livre-se da passividade, e entre em sua nova vida de paz e liberdade,
com determinação e segurança.
Enfrente os fatos. Todos os seus outros métodos para achar paz e libertação
falharam. Você derramou um mar de lágrimas; fez mil promessas que quebrou;
tentou auto-controle, auto-negação, e vários programas de auto-ajuda. Depois
de tudo que experimentou, ainda acabou com algumas vontades, não realizadas,
que não conseguia entender. Você se descobre incapaz de parar de pecar. Às
vezes, foi levado ao pecado por puro tédio e depressão mental.
O problema, é que você ainda não chegou à raiz do problema. Você pode ter
ouvido que Cristo o libertou morrendo na cruz, mas você nunca desfrutará desta
liberdade enquanto não der a Deus o quê Ele lhe pede: ou seja, UMA MENTE QUE
CONFIE. Ele quer que você creia que suas preces são ouvidas, e serão respondidas.
“De
fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele
que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que se torna galardoador dos
que O buscam” (Hebreus 11: 6).
Fé é simplesmente aceitar Deus segundo Sua palavra, e agir em cima disso.
O crente verdadeiro é a pessoa que pode dizer: “Deus disse, logo creio. Eu
aposto minha vida, o meu futuro, a minha eternidade nisso. Se Deus decretou
que sou livre, se me diz que o pecado não tem mais domínio sobre mim, se diz
que minha fé torna tudo possível -- ENTÃO ACEITO -- ABANDONO ESTA LUTA INÚTIL
-- E ENTREGO TUDO A ELE. EU CREIO!”
III. Os Crentes São Auxiliados de Modo Sobrenatural na Hora da Tentação
“Não
vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá
que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com
a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (I Coríntios
10:13).
Esta é a promessa mais poderosa e encorajadora em toda a Bíblia para os crentes
que enfrentam tentações. Deus deixa muito claro que nenhum filho dEle é deixado
sozinho na luta contra a luxúria, a paixão, ou qualquer mal hábito. Ajuda
sobrenatural é necessária e é fornecida.
Crentes de todo o mundo estão se tornando fracos contra a tentação, e estão
cedendo à carne em números crescentes. Parece que alguns cristãos agora acham
que a tentação é um tipo de doença incurável, que não sai enquanto não destrói
a vítima. Eles se mostram subservientes e com medo quando a tentação ataca,
pensando: “Não! Lá vou eu de novo. Ela me pegou, e já sei que vou ceder. Não
tenho força de vontade; sou muito fraco para resistir”.
Este é o pensamento derrotista dos crentes que não sabem como reivindicar
o DIREITO à assistência. Qual é este DIREITO prometido a todos os crentes?
É O DIREITO À AJUDA SOBRENATURAL NA TENTAÇÃO.
Será que com isso estou querendo dizer que Cristo não só livra o crente do
poder do pecado, como também o ajuda a não voltar para ele? É exatamente isso
que a Bíblia diz.
Quando a tentação irrompe como inundação, Cristo exerce Seu senhorio e faz
algo sobrenatural para a combater. Ele “provê livramento”, tal que os crentes
possam sobreviver à prova ou, em outras palavras, “a possam suportar”.
A tentação é um teste do livre arbítrio do homem; portanto, Deus não pode
tirar a alternativa para pecar sem destruir este mesmo livre arbítrio. Então
Deus faz algo igualmente eficiente por todos que confiam nEle. Ele dá um jeito
no OBJETO DA LUXÚRIA. Ele age fora de nós na fonte exata da tentação.
Isto é melhor ilustrado pela mãe que deseja resolver a questão da tentação
que o filho tem de roubar biscoitos do jarro. Ela não pode desmanchar a tentação
do filho - então simplesmente põe o jarro “fora de alcance”.
É
ainda ilustrada pelo pai que se muda com a família de uma zona infestada de
drogas, para evitar que os filhos sejam seduzidos pelos viciados e traficantes.
Pais e familiares já se mudaram para outro continente para deixar o filho
ou a filha longe de más companhias e influências. Estes pais todos agiram
em amor, esperando que a intervenção temporária desse tempo aos filhos para
aprenderem de cor a obedecer. Apesar de que chega a hora quando os filhos
resolvem as questões sozinhos, um pai amoroso não pode ficar sem tomar atitudes,
e deixar que uma criança imatura seja presa de influências do mal. Pais responsáveis
ou vão deixar o filho longe da tentação, ou de algum modo deixá-la fora de
alcance.
A Bíblia ilustra como Deus pode colocar objetos de tentação para fora do alcance
dos Seus filhos. Por exemplo, os filhos de Israel começaram a murmurar contra
Moisés por tirá-los do Egito. Eles queriam voltar à velha vida. A liberdade
parecia custar muito. Então Deus fez com que se abrisse o mar Vermelho, e
deixou que o exército egípcio os perseguisse sobre terra seca. Ele então fechou
o mar - bloqueando qualquer chance de retornar. Deus fez isso só em resposta
à fervente oração de Moisés e dos outros israelitas que desejavam a liberdade.
Assim como fez Jesus, os crentes devem resistir à tentação com a Palavra de
Deus. A maioria das tentações pode se neutralizar concentrando o “laser” da
verdade sobre elas. Mas há outras tentações que estão tão arraigadas, tão
selvagens e tenazes -- que não podem ser agüentadas sem intervenção sobrenatural.
O agravamento das tentações é muitas vezes o resultado de ataque direto e
pessoal de forças satânicas.
Paulo fala de “lutas por fora, temores por dentro” (2 Coríntios 7:5). Satanás
efetivamente declara guerra contra certos convertidos que deixam o seu exército,
porque estes no passado melhor exemplificaram seu poder de posse. Na fúria
por ter perdido um “troféu” destes, ele os combate de fora, golpeando-os com
uma tentação séria atrás da outra, para peneirá-los como trigo. Jesus disse
a Pedro: “Eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!” (Lucas
22:31). Em outras palavras, assim abalado, ele espera que você ceda.
Será que você é um crente que está sendo triturado por uma tentação repetitiva,
que parece além de suas forças resistir? Seria um hábito que não consegue
controlar? Pessoas envolvidas em casos de amor ilícitos são especialmente
invadidas por tentações arrasadoras. Então muitas vezes elas cedem, e logo
são devoradas por remorso, culpa, e sensação de impotência. Se são crentes,
não duvidam que Cristo as libertou da obrigação de obedecer à cobiça da carne;
e, em muitas áreas, têm visto progresso e vitória. Contudo, permanece um pecado
que as assedia -- uma tentação dominadora para que se rendam à uma certa luxúria.
Graças a Deus, há uma rota de fuga! Deus é o “interventor milagroso”. Foi
preciso uma tempestade, uma baleia, e muita intervenção sobrenatural para
tirar Jonas do problema. Sabe-se que Deus fez as águas ficarem “amargas”,
e o maná “feder”, num esforço de tornar a obediência menos difícil.
Deus, em resposta à oração fervorosa, pode transformar seu objeto de cobiça
num fedor abominável, e pode fazer com que a entrega ao pecado se torne tão
amarga, que você vai hesitar quanto à possibilidade de algum dia voltar a
ele. Ele pode mudar o seu curso; pode remover pessoas de sua vida; pode fazer
com que o objeto de sua lascívia se torne contra você; pode colocar todos
os tipos de bloqueio; pode colocar um “muro” de proteção; Ele pode simplesmente
levá-lo de modo irresistível a entrar no lugar secreto de oração; Ele pode
enviar alguém para lhe prevenir ou corrigir -- mas de um jeito sobrenatural
ou de outro, Deus responderá a oração, e intervirá, tornando possível aos
crentes sobrepujar as tentações mais violentas.
Aqueles que, lá no fundo, não querem abrir mão da lascívia, e secretamente
têm esperança de continuarem entregues à ela, não podem nunca receber esta
intervenção milagrosa quando tentados. Deus se move para prover escape, só
quando o coração está inteiramente compromissado com uma vida de separação
e pureza.
Se não existe tal comprometimento, não vai funcionar. Deus não é obrigado
a intervir quando a pessoa na realidade não quer libertação.
Os que ficam flertando com pecado secreto, são deixados a lutar contra a tentação
com sua própria força. Aí, quando caem em pecado, culpam Deus por não lhes
ter “tirado” do problema. Eles dizem: “Fiquei esperando em Deus, mas Ele simplesmente
deixou que eu fossse em frente, e cometesse o erro”.
Mas o crente que honestamente deseja ficar livre do cativeiro do pecado, pode
ficar seguro de que o Pai amoroso vê a sua luta, e usará todos os poderes
dos céus para lhe dar assistência.
Quando estiver sendo tentado de maneira pesada, peça a intervenção sobrenatural
de Deus, e peça em fé, crendo que o fará.
Deus prometeu “LIVRAR-NOS DE TODO O MAL”. Eis a prova da ajuda de Deus na
hora da tentação:
“Vós
que amais o Senhor, detestai o mal; ele guarda a alma dos seus santos, livra-os
da mão dos ímpios” (Salmo 97:10).
“Escapamos
vivos como uma ave que foge do alçapão. O alçapão se quebrou e nós ficamos
livres!” (Salmo124: 7 BV).
“Sempre
levanto os olhos para o Senhor, porque somente Ele pode me livrar das armadilhas
desta vida” (Salmo 25:15 BV).
“Temerão,
pois, o nome do Senhor desde o poente e a sua glória, desde o nascente do
sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do Senhor”
(Isaías 59:19).
Não preciso mais ter medo de escorregar ou cair. Ele me guardará, me amará,
e me levará à glória pelo Seu poder.
“E
Ele pode guardá-los de escorregar e cair e levá-los, perfeitos e sem pecado,
à sua gloriosa presença, com vigorosas aclamações de alegria perpétua” (Judas
24 BV).
Não tenho senão pena do pecador que não
admite mais a luta interior com o mal. Eles não lutam mais, porque se renderam
às suas paixões malévolas. A Bíblia se refere à estas pessoas como estando
“mortas em delitos e pecados”. Paulo diz o seguinte sobre elas: “Estão
cegos e confundidos. Seus corações fechados estão cheios de trevas; eles estão
muito distantes da vida de Deus PORQUE FECHARAM A MENTE CONTRA ELE...Não se
preocupam mais com o que está certo ou errado, e se entregam a práticas impuras.
ELES NÃO SE DETÊM DIANTE DE NADA, E SÃO GUIADOS PELAS SUAS MENTES MALVADAS
E SUA IMORALIDADE DESENFREADA” (Efésios 4:17-19 BV- no Original: versão de
Phillips).
A pessoa pela qual Deus se interessa, é aquela que batalha heroicamente contra
o obscurecimento vindo do mal, e sente dor e culpa quando cede à tentação.
A própria luta em si é prova suficiente de que o coração ainda clama a Deus
por socorro. Existe esperança para a pessoa que está experimentando luta íntima.
A luta contra o pecado na vida de uma pessoa honesta, é evidência de que ele
ou ela se recusa a sucumbir à essa força. A diferença entre o pecador e o
cristão é como se vê o pecado. O cristão odeia o pecado; o pecador dá desculpas
e o justifica.
O auxílio sobrenatural de Deus é prometido aos que guerreiam na profundidade
do tenebroso útero do pecado, lutando para ficarem livres. E o sinal mais
claro de que vida nova vem brotando no pecador é a URGÊNCIA PARA CHORAR. Todos
recém nascidos choram assim que chegam à vida. Os que choram estão realmente
à beira de uma nova vida.
O
primeiro passo no sentido de acabar com a luta interior é aprender como chorar.
Você se cansou do vazio, da solidão, do desespero e da inquietação? Então
deixe que as lágrimas corram sem acanhamento. Ponha para fora todo o desespero
preso. Humilhe-se, e deixe que as dores e o pesar causados pelo pecado transbordem
do seu mais profundo íntimo. A Bíblia o encoraja a gritar para Deus em sua
hora de aflição. O grito de desespero é a chave para toda libertação do pecado.
Eis prova bíblica:
“Na
minha angústia, invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do
seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos” (Salmo
18:6).
“Clamou
este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações” (Salmo
34:6).
“Ele
se inclinou para mim e me ouviu quando CLAMEI por socorro. Tirou-me de um
poço de perdição, dum tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha
e me firmou os passos” (Salmo 40:1,2).
“Seu
CLAMOR chegou a mim numa época favorável, quando as portas do acolhimento
estavam bem abertas...Agora mesmo Deus está pronto a dar-lhes acolhida. Hoje
Ele está pronto a salvá-los” (2 Coríntios 6:2 BV).
O segundo passo é cultivar a dor pelo pecados, e confessá-los a Cristo. Quando
você clama a Deus, Ele se aproxima de você com Sua santidade e Seu amor impressionantes.Você
saberá, sem dúvida, quando Deus e você estão ligando o abismo que os separa.
A presença santa dEle se fortalecendo em sua vida produzirá dor e pesar por
todo pecado, egoísmo, e orgulho dos quais você é culpado. Quanto mais perto
de Deus, mais você sentirá a dor e a culpa pelos pecados passados. Mas esta
culpa e dor são coisas maravilhosas; não tente fugir delas. Que elas fiquem
ainda mais intensas, porque este é o único caminho para arrependimento e perdão
reais. A Bíblia diz:
“Porque
a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém
traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte...quanto cuidado não produziu
isto mesmo em vós...Que defesa...que zelo...” (2 Coríntios 7:10-11).
O coração realmente contristado deseja ser perdoado. Paulo diz: “fostes contristados
para arrependimento” (2 Coríntios 7:9). Em outras palavras, “vocês ficaram
pesarosos o suficiente para confessarem e deixarem os pecados”. Você descobrirá
uma paz que jamais pensou ser possível no momento que entregar seus pecados,
e aceitar o perdão e a misericórdia.
“O
que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa
e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).
“Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (Atos 3:19).
Arrependimento é mais do que simplesmente dizer: “Deus, sinto muito! É horrível
todo este mal que cometi”.
Isto é pesar, mas não arrependimento. Quando Deus diz arrependa-se dos pecados,
Ele realmente quer dizer: vire as costas para eles; aprenda a odiar as coisas
que antes amava, e aprenda a amar o que antes detestava. Isto é mudança total
de direção, vontade de abandonar velhos amigos e hábitos para uma nova vida
em Cristo. Ele não está tentando lhe transformar para que assim você possa
se adequar aos valores sociais dos outros, mas sim para que experimente a
alegria completa e a liberdade indescritível só conhecidas pelos que se rendem
a Cristo. Devemos nos render a Ele.
“Todo
aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”
(Lucas 14:33).
A seguir, aceite o seu perdão pela fé, e tranque os ouvidos a todas as mentiras
que Satanás vai ficar berrando. Estude as escrituras que se seguem abaixo;
creia que são dirigidas a você; e faça o que Deus manda. Eis a verdade que
pode lhe libertar, e lhe ajudar para sempre a acabar com essa luta.
“Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:9).
“Aquele
que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em
Deus” (I João 4:15).
“Se
vocês contarem aos outros com seus próprios lábios que Jesus Cristo é o seu
Senhor, crendo do fundo do coração que Deus O levantou dentre os mortos, serão
salvos. Porque é crendo de coração que um homem se torna reto para com Deus;
e com a boca é que ele fala da sua fé aos outros, confirmando assim a sua
salvação. As Escrituras nos dizem que quem crê em Deus jamais será decepcionado.
Tanto o judeu como o gentio são a mesma coisa a este respeito... Qualquer
um que chamar pelo nome do Senhor será salvo” (Romanos 10: 9-13 BV).
“Crê
no Senhor Jesus e serás salvo” (Atos 16:31).
“E,
assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já passaram;
eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17).
Agora, faça esta oração simples que se segue, na expectativa de que Deus vai
lhe ouvir, perdoar e purificar de todo o pecado:
“Eu
aqui e agora confesso com minha boca que Jesus Cristo é Senhor -- que Ele
é o Filho de Deus. Eu me arrependo, e reconheço que sou um pecador. Confesso
a Ele todos os meus pecados; e me entristeço muito por eles. Creio nEle de
todo o meu coração. Pela fé, aceito o perdão de todos os meus pecados, e agora
entendo que sou uma nova pessoa, nascido na família de Deus. Pela fé nasci
de novo, e este é o primeiro dia da minha nova vida servindo Cristo como pessoa
livre.”
Uma palavra final: nunca mais tenha medo de qualquer presença maligna em sua
vida. Entre no descanso que Deus lhe prometeu -- e deste dia em diante, MANTENHA
O SEU ÍMPETO.
A coisa mais importante que posso dizer para o crente que está sinceramente
combatendo um pecado secreto é: mantenha o ímpeto! Ninguém jamais se afogou
nadando rio acima em direção a Cristo. Ninguém é deixado sangrando na beira
da estrada, se está ferido na luta para ser livre.
Quando você cai, ou quando está cara a cara com um vício que não sai, Deus
traça uma linha exatamente onde você está. Ele diz: “Levante-se; confesse;
e vá em frente. Não volte a ultrapassar a linha. Não volte à escravidão. Continue
em Minha direção. Você foi liberto, então mantenha o ímpeto para a liberdade,
pela fé”.
O movimento mais importante que fará em sua vida, como crente, é o movimento
que você faz assim que cai. Satanás cochicha: “Você é podre até o fundo da
alma; é sensual, infantil, imaturo. Você nunca será santo; nunca será nada
em Deus. Então desista! Pare com isso. Não adianta tentar. Volte! Deus é elevado
e santo demais; é muito complicado e difícil; você nunca vai entender. Acabou!”
Mentira -- tudo mentira!
Quer dizer que você pecou após ter confessado e crido? Quer dizer que você
achou que tinha liberdade, e a perdeu? E então você acha que as pessoas vão
lhe chamar de falso? Quer dizer que você pecou de olhos bem abertos -- sabendo
das coisas -- com o Espírito Santo gritando nos seus ouvidos? Quer dizer que
você nunca pensou que iria fazer esta torpeza de novo? E daí? Existe uma tristeza
piedosa em você agora? Você está determinado a se levantar e a se mexer? Você
está humilhado, envergonhado, e arrependido? A sua queda não é fatal. Uma
vez mais, confesse, aceite o perdão de Deus, e recupere o seu ímpeto! Você
continua sendo filho dEle. Você não é um escravo do pecado. O carinho amoroso
dEle é maior do que todos os seus pecados. Olhe para o alto, alegre-se, e
crie coragem!
Pare com essa introspecção interminável. Você não vai encontrar vitória, fuçando
na caixa de lixo da natureza má. Isso seria como um general em derrota, atravessar
as linhas inimigas para consultar o inimigo, e perguntar: “Por gentileza,
o senhor poderia me informar o que estou fazendo de errado? Quero lhe derrotar,
mas parece que não estou conseguindo avançar. O que estou fazendo de errado?”
A direção certa não vem pela compreensão do errado. Ela só vem entendendo
e reivindicando as abundantes promessas de Deus em Cristo Jesus. Então pare
de ficar olhando para dentro; eleve seu olhar para Ele que o ama o tempo todo.
Pare de tentar se entender, e alegre-se em Seu amor que restaura e cura.
Porque Deus está operando em vocês, ajudando-os a desejar obedecer-Lhe, e
depois ajudando-os a fazer aquilo que Ele quer” (Filipenses 2:13 BV).
“Portanto,
resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso
de Deus, também ele mesmo descansou...Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele
descanso, a fim de que ninguém caia seguindo o...exemplo de desobediência
(incredulidade)” (Hebreus 4: 9-11 - Original do autor: versão de Phillips).
David Wilkerson, autor
---
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Avivamento?/ "Socorro!"/
O que temos aqui?/
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de Fé/ Estudo Bíblico
NT: a versão bíblica
de J. B. Phillips (esgotada em português), usada no texto original pelo autor,
foi substituída pela edição revista e atualizada, ou pela versão Bíblia Viva
(BV).
A Luta Para Ser Santo
Um
dia dei uma longa e honesta olhada para dentro do meu próprio coração, e não
gostei do que vi. Vi um ministro pregando santidade para os outros, só para
travar uma guerra particular contra a mesma presença maligna que há nos outros
pecadores. Descobri desde então, que alguns destes ministros famosos, que gritam
tanto contra a corrupção da sociedade e contra o mal na terra, estão lutando
suas próprias batalhas pessoais contra a lascívia. É possível ser um evangelista
famoso mundialmente, apregoar sobre a moral corrompida do pecador, e ser tão
falso quanto o pior hipócrita do mundo.
Eu
achei que o jeito de ter poder contra o pecado seria estudando a origem dele.
Em outras palavras, de onde veio o pecado, e como fui infectado por ele? Mas
como esse estudo é longo e complexo. Trata-se de uma história um tanto quanto
complicada de uma guerra nas estrelas que ocorreu antes de eu nascer, quando
o anjo chefe, Lúcifer,levou um exército de um terço dos anjos de Deus a uma
inssurreição
Todos Somos Pecadores
Nossos Pecados nos Tornam Escravos
Um Plano Foi Desenvolvido Para a Nossa Liberdade
"Agora,
porém, Deus nos mostrou um caminho diferente para o céu - não o fato de sermos
'bonzinhos' e procurarmos guardar suas leis, mas um novo caminho” (Romanos 3:21,
22-BV)
“E
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
Agora
chegamos aos detalhes pequenos e importantes, ao âmago deste livro.
Um
líder da União Gay de São Francisco escreveu o seguinte em relação a este autor:
“O Sr. Wilkerson é um fanático, que estranhamente se preocupa com as preferências
sexuais íntimas e pessoais dos outros. É um reacionário de cabeça muito estreita,
e o que é de se dar mais risada, é que ele tem a ridícula idéia de que os homossexuais
querem deixar de sê-lo pois têm um outro ego 'mal' dentro de si, que os faz
cometer atos impuros. Sou um homossexual muito feliz, sem nenhum sentimento
de culpa, ou influências 'más' me consumindo por dentro. Gente com culpa, para
começar, simplesmente não é gente estável -- são pessoas que teriam problemas
fossem elas gay ou não. Só pessoas muito fracas falam da assim chamada 'cura'”.
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Esta página foi atualizada pela última vez em: 22 de agosto de 2002.
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